quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


e não se esqueça, qualquer que seja a conjuntura, nunca deixe de correr atrás do seu sonho. Se não houver numa pastelaria, vá a outra.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Feliz Natal/Feliz Navidad/Buon Natale/Merry Christmas/Joyeux Noel/Fröhliche Weihnachten/Καλά Χριστούγεννα/Prettige Kerstfeest/メリークリスマス

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

no D. Pomodoro


lambusei-me todo com este Tiramisu

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Cecília Meireles

domingo, 18 de dezembro de 2011


Ponte sobre o Tejo (Lisboa) - foto flipvinagre


de que vale ter voz
se só quando não falo é que me entendem?
de que vale acordar
se o que vivo é menos do que sonhei?

mia couto

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Epson World Shootout, um concurso com características únicas que decorre em todo o mundo, atribuiu o primeiro prémio da categoria “Grande Angular” à fotografia de Nuno Sá, que mostra um tubarão azul junto ao banco submarino "Condor", no mar dos Açores.

O fotógrafo português, especializado em vida marinha selvagem e considerado um dos melhores do mundo, disse à Lusa que também conquistou o quarto lugar na mesma categoria “Grande Angular” com uma imagem de jamantas (da família das raias) tirada junto ao banco submarino “Princesa Alice”, nos Açores.

Valeu!

isto é de doidos...

notícia de ontem e hoje retratada nos media: "Pedro Nuno Santos, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do PS, afirmou que se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou”, sugerindo que o país deve suspender o pagamento da sua dívida para deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer.

As declarações do dirigente socialista foram feitas no passado sábado durante um jantar de Natal do partido em Castelo de Paiva e registadas pela Rádio Paivense FM, mas só agora vieram a público, quando reproduzidas pela Rádio Renascença. Contactado pelo PÚBLICO, Pedro Nuno Santos assegura que as declarações foram retiradas do contexto e que, num longo discurso, apenas disse que perante “o ciclo de empobrecimento e de sucessivos sacrifícios cada vez mais duros o país deve colocar os interesses dos portugueses à frente do dos credores”. (...)

o polémico jantar, Pedro Nuno Santos disse: “Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagarmos”, afirmou o deputado no polémico jantar. “Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos”, disse também Pedro Nuno Santos na altura." (in "Público")


o que dizer?! Declarações inconsequentes, inconscientes e, grave, proferidas por alguém que já devia ter juízo, quando um deputado ignora princípios fundamentais inerentes ao facto de que os acordos/contratos são para cumprir (pacta sunt servanda) revela alguma barbaridade e reduz o seu papel à atitude de um vulgar caloteiro... , enfim, uma atitude leviana de alguém que se pôs em bicos de pés, que saíu do anonimato pra dizer bobagem (como dizem os nossos irmãos brasileiros). Este partido vai de mal a pior, mais parece uma associação anarca e desgovernada... uma lástima.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Boca do Inferno" - foto flipvinagre


"Deus não é malicioso, é subtil."
Albert Einstein - Nobel da Física 1921

"Para os crentes, Deus está no princípio de todas as coisas; Para os cientistas, no final de toda a reflexão."
Max Planck - Nobel da Física 1918

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ele há coisas do arco da velha, uma idosa italiana foi-se deste mundo e deixou a sua fortuna a um gato vadio...caramba, com tanto italiano carente, tanto ser humano a necessitar de uma ajudinha?!?! mundo louco este... miau miauuuu

"Maria Assunta faleceu o mês passado, aos 94 anos, mas tratou de deixar os seus bens e o seu dinheiro a quem gostava. Os advogados encarregues de gerir as propriedades da falecida receberam, em 2009, um testamento onde Maria Assunta deixava claro que a sua fortuna seria para o gato. O episódio torna-se ainda mais caricato já que o gato em questão foi encontrado na rua. Maria Assunta terá ficado com Tammassino pois adorava animais. Desde então, terá ganho uma afeção ao gato de quem passou a cuidar. Entretanto, os advogados já fizeram saber que Tammassino, segundo as leis italianas, não poderá receber a herança. Foi, entretanto, levado a cabo um processo para tentar encontrar uma instituição de animais digna de receber a fortuna. No entanto, nenhumas das candidatas agradou os advogados. O dinheiro acabou por ficar com a enfermeira da falecida. Stefania prestou, até ao passado mês, cuidados médicos a Maria Assunta. Por também gostava de animais, em especial de gatos, e por não terem sido encontrados parentes da falecida, Stefania herdou uma fortuna avaliada em 10 milhões de euros. De acordo com Stefania, Tommassino não terá ficado triste. A enfermeira disse que para o gato ser feliz só era preciso "uma taça com leite e biscoitos". (in Visão)

O mito de D. Sebastião gera mais uma versão.

No CM, um artigo interessante e um livro que poderá merecer, para quem gosta de história, uma boa oportunidade.

Revelação: Documentos inéditos em livro de história

D. Sebastião foi preso em Itália

O rei D. Sebastião sobreviveu à batalha de Alcácer-Quibir e reapareceu no ano de 1598 em Itália, onde foi mais tarde preso em Veneza, Florença e Nápoles, com a cumplicidade dos espanhóis. Quem o escreve é a historiadora Maria Luísa Martins da Cunha no terceiro volume do livro ‘Grandes Enigmas da História de Portugal’, que é lançado hoje e a que o CM teve acesso.

Segundo acrescenta a investigadora, "a maioria dos historiadores tem aceite sem discussão a versão oficial da História de D. Sebastião" que foi criada "durante o período da dominação filipina com claros intuitos políticos". Houve "uma destruição continuada e premeditada da imagem do rei ".

Entre as provas que sustentam que D. Sebastião não morreu em Alcácer-Quibir, Maria Luísa Martins da Cunha cita "várias testemunhas que atestaram que o viram sair vivo da batalha, entre os quais Sebastião Figueira, que declarou ter saído dela com o rei" e que "o reconheceu em Veneza na pessoa do Cavaleiro da Cruz, ou, como ficou para a História, como ‘D. Sebastião de Veneza'." Mais: "Para além de outros indícios muito fortes, um indício importante de que D. Sebastião sobreviveu" foi "o achamento, no século XIX, de uma medalha de ouro com a inscrição ‘Sebastianus Primus Portugaliae Rex' num túmulo da capela de S. Sebastião do Convento dos Agostinhos de Limoges, onde segundo a tradição estava sepultado um rei português do mesmo nome." A obra, da Ésquilo, é lançada hoje, às 19h00, na Fnac do Colombo, em Lisboa.”

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Camelos de Presépio:

Numa altura em que nos apetece chamar camelos a muita gente, quer dentro quer fora do país, nada como lembrar os camelos do presépio para atenuar um pouco esta ansiedade que se vai acumulando no íntimo e lembrar o seu papel no reino animal e na história do menino Jesus. E segue pra concurso na Barbearia do Senhor Luís.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

gaivotas na praia - foto flipvinagre

os tibetanos constroem monumentos dos deuses em manteiga, que vão derretendo à medida que o Sol os consome, demonstrando assim que tudo é passageiro, momentâneo, fugaz, temporário. Além de fazerem-nos perceber que a passagem de tudo constitui uma grande lição de desapego.

“Somos folhas breves onde dormem

aves de silêncio e solidão.

Somos só folhas ou o seu rumor.

Inseguros, incapazes de ser flor,

até a brisa nos perturba e faz tremer.

Por isso a cada gesto que fazemos

cada ave se transforma noutro ser.”

Eugénio de Andrade


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

isto é bom Marketing:

"São 745 moedas verdadeiras de €1 que realçam a criatividade da TAAG em nova campanha natalícia.

A Executive Center, agência de publicidade angolana criou para a TAAG - Linhas Aéreas de Angola, um mupiespecial com 745 moedas de €1 verdadeiras.

Esta peça criativa visa anunciar o voo Lisboa-Luanda e está em exibição no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

A obra foi criada em Angola, por criativos portugueses, e implementada em Portugal, com produção da JCDecaux Innovate."

(in "Rumo")

o Eduardo Dâmaso tem toda a razão, diz ele na sua coluna no CM:

"Uma ideia de criança

Pagar dívidas é uma "ideia de criança", disse o nosso ex-primeiro-ministro. Depois clarificou: não teria dito isso assim mas que pagar a dívida ao exterior "por inteiro e imediatamente" é que é uma ideia de criança. De uma forma ou de outra o homem relativiza a importância de ter dívidas e, sobretudo, de as pagar. Pior: relativiza a importância de os países se endividarem e respeitarem os seus compromissos. De uma assentada, o homem reduziu a pó princípios elementares do Direito Internacional, como o da boa fé e do respeito pela palavra dada. Nada de especial para quem, afinal, o exercício da função de primeiro-ministro também não foi mais do que uma brincadeira de criança..."

patético ...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

outono no Palácio de Sintra - foto flipvinagre

Não sou isto nem aquilo

É o meu modo de viver

É, às vezes, tão tranquilo

Que nem chega a dar prazer...

Todavia, onde apareço,

...Logo a paz desaparece

E a guerra que não mereço

Dá princípio à minha prece.

És alegre? Vês-me triste?

Por que não te vais embora?

Quem é triste é porque é triste.

E quem chora é porque chora.

Tenho tudo o que não tens

Tenho a névoa por remate.

Sou da raça desses cães

Em que toda a gente bate.

Só a idade com o tempo

Há-de vir tornar-me forte.

A uns, basta-lhes o vento...

Aos Poetas, basta a morte.

Pedro Homem de Mello,

"Eu Hei-de Voltar um Dia"

domingo, 4 de dezembro de 2011

um bem precioso ...

"Existem três tipos de mentiras: mentiras, mentiras sujas, e estatísticas."

Benjamin Disraeli


e tenham muito cuidado com a intoxicação televisiva, não acreditem em tudo o que vêem e tudo o que ouvem, salvaguardem a vossa própria opinião. Nos dias que correm, a manipulação chega a ser globalizante.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

"José Mourinho foi eleito a "rockstar" de 2011 pela edição espanhola da revista Rolling Stone. A revista coloca Mourinho na capa e, no interior, traça um extenso perfil do homem que é especialista na "arte maquiavélica de chatear toda a gente".

No site da revista, reproduz-se a capa do último número de 2011 e revela-se que a edição tem para oferecer a história de como "um português arrogante e provocador controla o planeta".

O longo perfil de "Mou" – como é apelidado em Espanha, onde treina o Real Madrid desde a época 2010-2011– foi escrito por Eleonora Giovio, jornalista do "El País" que acaba por concluir que, na intimidade, o homem que já se sagrou campeão nacional de futebol em Portugal, Inglaterra e Itália é totalmente diferente da figura pública que ganhou fama em Inglaterra como o "Special One".

"A atitude desafiante, a mensagem polémica, a inteligência impertinente e, sobretudo, a atitude provocadora que mostra no banco e nas salas de imprensa" foram motivos que colocaram "Mou" na capa de uma revista especializada em música." "Público").

Vai em frente Mourinho, dá-lhes ...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

existe aquela frase secular de que rir é o melhor remédio... Quem não gosta de sorrir? Resposta: as pessoas sisudas, os mal dispostos, aqueles que julgam que todo o mundo está contra eles, etc etc. A ciência refere que o homem primitivo, ao sorrir, visava afastar inimigos, apaziguar adversários, ou seja, alguém que para ele pudesse representar uma ameaça. Nesse sentido, alguns entendidos referem que é precisamente o que o chimpanzé faz. Veja agora um video engraçado e especialmente destinado a quem não gosta de sorrir, clique aqui. (e sorria)

terça-feira, 29 de novembro de 2011


o que é bonito neste mundo e anima,
é ver que na vindima
de cada sonho
fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura que se não prova
se transfigura
numa doçura
muito mais pura
e muito mais nova

Miguel Torga

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

fotografia de Brassaï
quem foi Brassaï? Também gostei de saber e de ver a sua obra.
Fotógrafo francês, Gyula Halász é o seu nome de batismo, de origem romena, nascido em 1899 em Braso, Roménia, e falecido em 1984, em Nice, França. Estudou arte em Budapeste e Berlim (1920-1923) e mais tarde frequentou círculos que incluíam artistas plásticos como Kandinsky, Kokoschka e Moholy-Nagy. Em 1924 foi trabalhar para Paris como jornalista desportivo. As primeira fotografias de Brassaï foram tiradas com uma máquina emprestada e, pouco depois, o fotógrafo adquiriu a sua famosa Voightlander, a câmara fotográfica que o acompanharia por muitos anos.
Da sua vivência noturna resultou o livro Paris de Nuit, um registo magnífico de Paris.
Em 1932 Brassaï fotografou os grafitti nas paredes de Paris, um trabalho fortemente divulgado na revista surrealistaMinotaure.
Os seus ensaios sobre personagens e artistas enriqueceram a revista Harper´s Bazaar onde começou a trabalhar em 1937. Outro aspeto relevante da vida do fotógrafo foi a sua amizade com o pintor Pablo Picasso, da qual resultou o livroConversations avec Picaso (1965).
Após a morte de Carmel Snow, editor da revista Harper's Bazaar, em 1962, Brassaï abandona a fotografia para se dedicar à impressão e edição do seu trabalho. (fonte Infopédia)

domingo, 27 de novembro de 2011

Notícia de última hora e gratificante:

O fado é Património Imaterial da Humanidade segundo decisão hoje tomada durante o VI Comité Intergovernamental da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O fado canta a vida e o destino de um povo há cerca de dois séculos, mas agora deixou de ser só nosso para ser de todos. Depois de várias horas de atraso, a candidatura do fado foi aceite pelo comitê de 24 delegados da UNESCO.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 01 de junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

No dia 28 de junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.

@SAPO c/ Lusa

e para comemorar, oiçamos juntos e com a maior alegria um fadinho lindo, aqui. Como diz a rapaziada do meio, o fado é que induca, mai nada.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

pelo Palácio da Pena, Sintra - foto flipvinagre
se quiser fazer uma visita pelo Palácio clique aqui e divirta-se
no CM, vale também o teor da coluna do João Pereira Coutinho:

A voz da razão

Portugal no hospital

As greves são como o Natal dos Hospitais: uma oportunidade única para revermos estimáveis artistas que julgávamos na reforma.

Ontem não foi excepção: de Garcia Pereira a Torres Couto, sem esquecer Carvalho da Silva, todos eles passaram pelas televisões para falarem de um país ‘com medo’, onde os portugueses vivem ‘sem liberdade’ e as ‘conquistas de Abril’ se encontram ameaçadas. Felizmente, nenhum deles acendeu o respectivo charuto burguês enquanto fazia o seu ‘playback’. Também não precisaram: o país ‘com medo’ foi a votos há cinco meses; o caminho suicidário que estas esquerdas propunham foi recusado democraticamente nas urnas; e qualquer criatura racional sabe que o buraco presente foi cavado por vidas a crédito: nas famílias, nas empresas, no Estado. Sobretudo no Estado.

Ninguém sabe como terminará este impasse. Mas uma coisa parece certa: a crise não será resolvida pelos mesmos artistas que enfiaram Portugal no hospital.”


também acho ...

crónica no CM do João Miguel Tavares "O cronista indelicado" - "Este é o mesmo Soares que apoiou Sócrates?

O doutor Mário Soares veio encabeçar um manifesto chamado ‘Um Novo Rumo’ que cheira mais a bolor do que um queijo Roquefort, com a desvantagem de causar azia só de olharmos para ele. Você já conhece a lenga-lenga de cor, caro leitor, mas é sempre divertido repeti-la: Soares & Amigos "opõem-se a políticas de austeridade que acrescentem desemprego e recessão", recusando-se a "assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional". Vai daí, apelam "à participação dos cidadãos" e à "construção de um novo paradigma".

Manifesto que é manifesto tem de ter um novo paradigma. E que novo paradigma é esse? É tão novo, mas tão novo, que passa por "denunciar a imposição da política de privatizações" (uma ideia extremamente original), condenar o "recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais" (uma ideia incrível da qual nunca ninguém se tinha lembrado), repudiar as afrontas à "dignidade no trabalho" (uma ideia tão espantosamente nova que até reluz ao sol do Inverno) e convidar ao "aprofundamento democrático".

A parte do "aprofundamento democrático" é a minha favorita, até porque o doutor Soares foi durante largos anos um comovente apoiante do engenheiro Sócrates, que aprofundou tanto a democracia em Portugal que abriu túneis directos até à Líbia, Venezuela e Queluz de Baixo. Foram, aliás, tantos os seus buracos democraticamente abertos que tivemos de pedir à troika para vir a correr tapá-los. Pois é, caro leitor: o novo rumo que o doutor Soares e os seus amigos têm para propor ao país é o velho rumo que nos trouxe até aqui. E se fossem aprofundar a democracia para outro lado?"


mais nada ...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

hoje neste cantinho à beira mar plantado, foi dia de greve geral. As centrais sindicais manifestaram a sua oposição à carestia de vida resultante da imposição de políticas gravosas para a classe trabalhadora, oneradíssima e esmagada com um peso bastante acentuado... um sinal não só das centrais sindicais mas de uma população que começa a sacudir o que lhe querem impôr e que se traduz num desequilibrado e injusto sacrifício social que lhe é exigido para aguentar um estado perdulário e, mais grave, um lote de políticos ineficientes, autênticos penduras de um regime que parece adormecido. Triste e decadente este estado de coisas, a luz ao fundo do túnel só se vê se mudarmos de continente, de país, de moscas ...
nas suas deambulações por aquela Angola enorme, o meu amigo Francisco Silva (Kiko) não deixa que momentos como este permaneçam no esquecimento. Eis um belíssimo pôr do sol na estrada entre a Quibala e o Dondo (Dezº 2010) e

duas belas fotografias da flor do embondeiro (no Cubal - Província de Benguela)
Lau Siqueira in "O Guardador de Sorrisos"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

a ver o mar do Farol de Sta. Marta, Cascais - foto flipvinagre


"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água"

Thomas Fuller

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“A vida é uma viagem, todos o sabemos. Navegação à vista que a rota não foi prevista e o mapa se vai revelando à medida que o tempo caminha. É desconhecido o destino, são incógnitos os portos, escassas as enseadas onde encontrar abrigo. O barqueiro tem uma venda, e cego, o barco prossegue arrastado por ventos e marés, ferido aqui e ali, por correntes e escolhos. Continuamos viagem sem saber bem o que nos guia e que porto demandamos. Pela minha parte, tento encontrar coerência no meu percurso, o sentido oculto, a harmonia que se deverá esconder por detrás de tudo.”

Nuno Lobo Antunes in Vida em mim (ed. Outº 2010)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

sou um eterno candidato a um lugar ao Sol (Carcavelos) - foto flipvinagre

Transmutação de um poema de Arquíloco de Paros

Seus dedos leves adejavam
sobre rosas
como se brincassem.

Sobre a nuca e o pescoço alto
agitava-lhe a brisa
os cabelos escuros.

E neles brincava
a luz maravilhada.

Rui Knopfli
os senhores da Troika andaram por cá ontem e entre outras medidas a tomar pelo governo nacional, preconizaram que, no sector privado e por forma a estimular a competitividade nacional e à semelhança do que ocorreu para o sector público, deverá proceder-se a um corte de salários.
Parece-me coerente que isto não aconteça. Os salários do sector privado não cabem na alçada do governo, e duvido que as empresas nacionais caiam na asneira de acatar qualquer recomendação deste género. A competitividade nacional passa pelo investimento (incluindo na mão de obra) e não pelo desinvestimento. Ademais, esta medida tornaria a europa e, neste caso, o nosso país, como destino alternativo e equivalente aos mercados asiáticos, onde a exploração da mão de obra é gritante e fere todos os valores e princípios estabelecidos universalmente quando se fala nos direitos humanos e na exploração do homem pelo homem. Seria reduzir unilateralmente e a qualquer preço o custo do trabalho face à concorrência asiática. Eis, passados uns bons tempos, a velha rivalidade entre capital e trabalho e a consequente luta de classes. Andamos para a frente ou regredimos? Tenham juízo ...

As coisas na U.E. não vão bem, a crise económica estendeu-se e é evidente a sua repercussão no campo social, onde começa a ser questionada a legitimidade dos que foram eleitos por essa europa toda e as medidas que são tomadas ...O caso actual é o da Grécia, que, esperemos, não tenha reflexo neste nosso cantinho à beira-mar plantado.
A propósito, li na Pública um artigo de opinião do jornalista Paulo Moura e que aqui transcrevo:

“Para muitos gregos, o que têm feito vão continuar a fazer, ainda com mais convicção: não pagam impostos. A impunidade está garantida pela falta de dinheiro ou bens. Quando não se tem nada, o que nos podem tirar?

Há um poder enorme conferido pela pobreza. Ainda maior quando se descobre que se pode viver feliz com muito pouco.O Governo está a incluir impostos nas contas da electricidade. E a cortar o abastecimento a quem deixa de pagar. Em resposta, organizou-se um movimento, apoiado pelos sindicatos, para fazer ligações directas aos postes e centrais.

A desobediência está a alastrar-se. Com uma certa volúpia. As pessoas têm prazer em não cumprir nada. Em Atenas, fuma-se em todos os cafés, bares, restaurantes, locais de trabalho, apesar da lei que o proíbe. Os motociclistas circulam com o capacete debaixo do braço.Há um limite abaixo do qual ninguém aceita viver.

A felicidade não se pode impor por decreto, mas a infelicidade também não. Se o contrato social deixa de servir a uma das partes, quebra-se, como qualquer contrato. A ideia de que uma geração pode ser sacrificada é absurda por definição. Sacrificada a quê?

Ninguém entende como podem os gregos viver submetidos a tanta pressão. Pois a explicação é esta: à margem das notícias, eles já estão a libertar-se”.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

praia da Poça - Estoril - foto flipvinagre


A pátria não é a terra; não é o bosque, o rio, o vale, a montanha,
a árvore, a bonina: são-no os afectos que esses objectos nos
recordam na história de vida ...

Alexandre Herculano


domingo, 13 de novembro de 2011

cartoon do Maia

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

bom fim de semana...
(...) Aquilo parecia um Parlamento, povoado por deputados, com um Orçamento de Estado para discutir. Mas qualquer criatura que habite a Europa em 2012 sabe que as democracias são um luxo a que os países ‘periféricos’ não se podem permitir. O Parlamento é um enfeite; os deputados são figurantes de uma peça escrita em Berlim; e o Orçamento, se merece o nome, é um conjunto de ordens europeias que este governo, ou qualquer outro, tem que aplicar. Se não o fizer, os destinos de Papandreou ou de Berlusconi são a melhor lição de aviso. Cuidado, dr. Passos!~

Verdade que, lá pelo meio, alguns deputados de esquerda ainda berraram e gesticularam. Mas aqui entre nós, que a sra. Merkel não nos ouve, não seria mais honesto fechar a Assembleia da República durante a vigência do ‘programa de ajustamento’ e poupar os portugueses a estas farsas democráticas?"

teor da coluna de João P. Coutinho no CM.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

sinais do Outono - Estoril - foto flipvinagre

Se todos os rios são doces, de onde o mar tira o sal?
Como sabem as estações do ano que devem trocar de camisa?
Por que são tão lentas no inverno e tão agitadas depois?
E como as raízes sabem que devem alçar-se até a luz e saudar o ar com tantas flores e cores?
É sempre a mesma primavera que repete seu papel?
E o outono? ... ele chega legalmente ou é uma estação clandestina?

Pablo Neruda

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé do marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).

Prestes larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura ...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

Miguel Torga

sábado, 5 de novembro de 2011