quarta-feira, 30 de março de 2011

por Sintra - foto flipvinagre

“Os sonhos são uma pintura muda, em que a imaginação a portas fechadas, e às escuras, retrata a vida e a alma de cada um, com as cores das suas acções, dos seus propósitos e dos seus desejos”

Padre Vieira, no Sermão de São
Francisco Xavier Dormindo


terça-feira, 29 de março de 2011


Eu vi a luz em um país perdido.
A minha alma é lânguida e inerme.
Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!
No chão sumir-se, como faz um verme...

Camilo Pessanha, Clepsydra

quinta-feira, 24 de março de 2011

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
e mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar
Intransitivo.
Teadoro,Teodora

Manuel Bandeira

quarta-feira, 23 de março de 2011

adeus Socas e não voltes nunca mais, nem tu nem os teus boys, chiça!!!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

na Ericeira numa primavera deliciosamente solarenga - foto flipvinagre

sábado, 19 de março de 2011

evidência da minha passagem pela estrada de Colares - foto flipvinagre

sexta-feira, 18 de março de 2011


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 8 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011


Porque é que o inútil é importante?
Sei os riscos que corro ao propor um tema como este: o elogio da inutilidade। Por um lado, estamos claramente perante um termo ambíguo. A inutilidade parece à primeira vista um valor negativo ou um contravalor. Quando é que a inutilidade é boa e libertadora? Por outro lado, a nossa cultura, que idolatra a produção e o consumo, assumiu o útil como um dos critérios máximos para avaliar as nossas vidas. Se é útil, é bom. Quando nos sabemos úteis, sentimo-nos compensados. A vida tornou-se uma espécie de grande maratona da utilidade. Contudo, o termómetro que assinala a nossa vitalidade interior não pode dispensar a pergunta pelo lugar que saudavelmente damos ao inútil.Porque é que o inútil é importante? Porque o inútil subtrai-nos à ditadura das finalidades que acabam por ser desviantes em relação a um viver autêntico. Condicionados por esta finalidade, e aquela, e aquela acabamos simplesmente por não viver, por perder o sentido da gratuidade, a disponibilidade para o espanto e para a fruição. Recorrendo a uma expressão do teólogo Dietrich Bonhoeffer, a inutilidade é que nos dá o acesso à “polifonia da vida”, na sua variedade, nos seus contrastes, e na sua realidade escondida e densa. E a polifonia da vida outra coisa não é que a sua inteireza, tantas vezes sacrificada à prevalência contínua do que nos é vendido por útil.(...)

José Tolentino Mendonça