quarta-feira, 30 de novembro de 2011

existe aquela frase secular de que rir é o melhor remédio... Quem não gosta de sorrir? Resposta: as pessoas sisudas, os mal dispostos, aqueles que julgam que todo o mundo está contra eles, etc etc. A ciência refere que o homem primitivo, ao sorrir, visava afastar inimigos, apaziguar adversários, ou seja, alguém que para ele pudesse representar uma ameaça. Nesse sentido, alguns entendidos referem que é precisamente o que o chimpanzé faz. Veja agora um video engraçado e especialmente destinado a quem não gosta de sorrir, clique aqui. (e sorria)

terça-feira, 29 de novembro de 2011


o que é bonito neste mundo e anima,
é ver que na vindima
de cada sonho
fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura que se não prova
se transfigura
numa doçura
muito mais pura
e muito mais nova

Miguel Torga

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

fotografia de Brassaï
quem foi Brassaï? Também gostei de saber e de ver a sua obra.
Fotógrafo francês, Gyula Halász é o seu nome de batismo, de origem romena, nascido em 1899 em Braso, Roménia, e falecido em 1984, em Nice, França. Estudou arte em Budapeste e Berlim (1920-1923) e mais tarde frequentou círculos que incluíam artistas plásticos como Kandinsky, Kokoschka e Moholy-Nagy. Em 1924 foi trabalhar para Paris como jornalista desportivo. As primeira fotografias de Brassaï foram tiradas com uma máquina emprestada e, pouco depois, o fotógrafo adquiriu a sua famosa Voightlander, a câmara fotográfica que o acompanharia por muitos anos.
Da sua vivência noturna resultou o livro Paris de Nuit, um registo magnífico de Paris.
Em 1932 Brassaï fotografou os grafitti nas paredes de Paris, um trabalho fortemente divulgado na revista surrealistaMinotaure.
Os seus ensaios sobre personagens e artistas enriqueceram a revista Harper´s Bazaar onde começou a trabalhar em 1937. Outro aspeto relevante da vida do fotógrafo foi a sua amizade com o pintor Pablo Picasso, da qual resultou o livroConversations avec Picaso (1965).
Após a morte de Carmel Snow, editor da revista Harper's Bazaar, em 1962, Brassaï abandona a fotografia para se dedicar à impressão e edição do seu trabalho. (fonte Infopédia)

domingo, 27 de novembro de 2011

Notícia de última hora e gratificante:

O fado é Património Imaterial da Humanidade segundo decisão hoje tomada durante o VI Comité Intergovernamental da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

O fado canta a vida e o destino de um povo há cerca de dois séculos, mas agora deixou de ser só nosso para ser de todos. Depois de várias horas de atraso, a candidatura do fado foi aceite pelo comitê de 24 delegados da UNESCO.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 01 de junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

No dia 28 de junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.

@SAPO c/ Lusa

e para comemorar, oiçamos juntos e com a maior alegria um fadinho lindo, aqui. Como diz a rapaziada do meio, o fado é que induca, mai nada.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

pelo Palácio da Pena, Sintra - foto flipvinagre
se quiser fazer uma visita pelo Palácio clique aqui e divirta-se
no CM, vale também o teor da coluna do João Pereira Coutinho:

A voz da razão

Portugal no hospital

As greves são como o Natal dos Hospitais: uma oportunidade única para revermos estimáveis artistas que julgávamos na reforma.

Ontem não foi excepção: de Garcia Pereira a Torres Couto, sem esquecer Carvalho da Silva, todos eles passaram pelas televisões para falarem de um país ‘com medo’, onde os portugueses vivem ‘sem liberdade’ e as ‘conquistas de Abril’ se encontram ameaçadas. Felizmente, nenhum deles acendeu o respectivo charuto burguês enquanto fazia o seu ‘playback’. Também não precisaram: o país ‘com medo’ foi a votos há cinco meses; o caminho suicidário que estas esquerdas propunham foi recusado democraticamente nas urnas; e qualquer criatura racional sabe que o buraco presente foi cavado por vidas a crédito: nas famílias, nas empresas, no Estado. Sobretudo no Estado.

Ninguém sabe como terminará este impasse. Mas uma coisa parece certa: a crise não será resolvida pelos mesmos artistas que enfiaram Portugal no hospital.”


também acho ...

crónica no CM do João Miguel Tavares "O cronista indelicado" - "Este é o mesmo Soares que apoiou Sócrates?

O doutor Mário Soares veio encabeçar um manifesto chamado ‘Um Novo Rumo’ que cheira mais a bolor do que um queijo Roquefort, com a desvantagem de causar azia só de olharmos para ele. Você já conhece a lenga-lenga de cor, caro leitor, mas é sempre divertido repeti-la: Soares & Amigos "opõem-se a políticas de austeridade que acrescentem desemprego e recessão", recusando-se a "assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional". Vai daí, apelam "à participação dos cidadãos" e à "construção de um novo paradigma".

Manifesto que é manifesto tem de ter um novo paradigma. E que novo paradigma é esse? É tão novo, mas tão novo, que passa por "denunciar a imposição da política de privatizações" (uma ideia extremamente original), condenar o "recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais" (uma ideia incrível da qual nunca ninguém se tinha lembrado), repudiar as afrontas à "dignidade no trabalho" (uma ideia tão espantosamente nova que até reluz ao sol do Inverno) e convidar ao "aprofundamento democrático".

A parte do "aprofundamento democrático" é a minha favorita, até porque o doutor Soares foi durante largos anos um comovente apoiante do engenheiro Sócrates, que aprofundou tanto a democracia em Portugal que abriu túneis directos até à Líbia, Venezuela e Queluz de Baixo. Foram, aliás, tantos os seus buracos democraticamente abertos que tivemos de pedir à troika para vir a correr tapá-los. Pois é, caro leitor: o novo rumo que o doutor Soares e os seus amigos têm para propor ao país é o velho rumo que nos trouxe até aqui. E se fossem aprofundar a democracia para outro lado?"


mais nada ...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

hoje neste cantinho à beira mar plantado, foi dia de greve geral. As centrais sindicais manifestaram a sua oposição à carestia de vida resultante da imposição de políticas gravosas para a classe trabalhadora, oneradíssima e esmagada com um peso bastante acentuado... um sinal não só das centrais sindicais mas de uma população que começa a sacudir o que lhe querem impôr e que se traduz num desequilibrado e injusto sacrifício social que lhe é exigido para aguentar um estado perdulário e, mais grave, um lote de políticos ineficientes, autênticos penduras de um regime que parece adormecido. Triste e decadente este estado de coisas, a luz ao fundo do túnel só se vê se mudarmos de continente, de país, de moscas ...
nas suas deambulações por aquela Angola enorme, o meu amigo Francisco Silva (Kiko) não deixa que momentos como este permaneçam no esquecimento. Eis um belíssimo pôr do sol na estrada entre a Quibala e o Dondo (Dezº 2010) e

duas belas fotografias da flor do embondeiro (no Cubal - Província de Benguela)
Lau Siqueira in "O Guardador de Sorrisos"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

a ver o mar do Farol de Sta. Marta, Cascais - foto flipvinagre


"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água"

Thomas Fuller

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“A vida é uma viagem, todos o sabemos. Navegação à vista que a rota não foi prevista e o mapa se vai revelando à medida que o tempo caminha. É desconhecido o destino, são incógnitos os portos, escassas as enseadas onde encontrar abrigo. O barqueiro tem uma venda, e cego, o barco prossegue arrastado por ventos e marés, ferido aqui e ali, por correntes e escolhos. Continuamos viagem sem saber bem o que nos guia e que porto demandamos. Pela minha parte, tento encontrar coerência no meu percurso, o sentido oculto, a harmonia que se deverá esconder por detrás de tudo.”

Nuno Lobo Antunes in Vida em mim (ed. Outº 2010)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

sou um eterno candidato a um lugar ao Sol (Carcavelos) - foto flipvinagre

Transmutação de um poema de Arquíloco de Paros

Seus dedos leves adejavam
sobre rosas
como se brincassem.

Sobre a nuca e o pescoço alto
agitava-lhe a brisa
os cabelos escuros.

E neles brincava
a luz maravilhada.

Rui Knopfli
os senhores da Troika andaram por cá ontem e entre outras medidas a tomar pelo governo nacional, preconizaram que, no sector privado e por forma a estimular a competitividade nacional e à semelhança do que ocorreu para o sector público, deverá proceder-se a um corte de salários.
Parece-me coerente que isto não aconteça. Os salários do sector privado não cabem na alçada do governo, e duvido que as empresas nacionais caiam na asneira de acatar qualquer recomendação deste género. A competitividade nacional passa pelo investimento (incluindo na mão de obra) e não pelo desinvestimento. Ademais, esta medida tornaria a europa e, neste caso, o nosso país, como destino alternativo e equivalente aos mercados asiáticos, onde a exploração da mão de obra é gritante e fere todos os valores e princípios estabelecidos universalmente quando se fala nos direitos humanos e na exploração do homem pelo homem. Seria reduzir unilateralmente e a qualquer preço o custo do trabalho face à concorrência asiática. Eis, passados uns bons tempos, a velha rivalidade entre capital e trabalho e a consequente luta de classes. Andamos para a frente ou regredimos? Tenham juízo ...

As coisas na U.E. não vão bem, a crise económica estendeu-se e é evidente a sua repercussão no campo social, onde começa a ser questionada a legitimidade dos que foram eleitos por essa europa toda e as medidas que são tomadas ...O caso actual é o da Grécia, que, esperemos, não tenha reflexo neste nosso cantinho à beira-mar plantado.
A propósito, li na Pública um artigo de opinião do jornalista Paulo Moura e que aqui transcrevo:

“Para muitos gregos, o que têm feito vão continuar a fazer, ainda com mais convicção: não pagam impostos. A impunidade está garantida pela falta de dinheiro ou bens. Quando não se tem nada, o que nos podem tirar?

Há um poder enorme conferido pela pobreza. Ainda maior quando se descobre que se pode viver feliz com muito pouco.O Governo está a incluir impostos nas contas da electricidade. E a cortar o abastecimento a quem deixa de pagar. Em resposta, organizou-se um movimento, apoiado pelos sindicatos, para fazer ligações directas aos postes e centrais.

A desobediência está a alastrar-se. Com uma certa volúpia. As pessoas têm prazer em não cumprir nada. Em Atenas, fuma-se em todos os cafés, bares, restaurantes, locais de trabalho, apesar da lei que o proíbe. Os motociclistas circulam com o capacete debaixo do braço.Há um limite abaixo do qual ninguém aceita viver.

A felicidade não se pode impor por decreto, mas a infelicidade também não. Se o contrato social deixa de servir a uma das partes, quebra-se, como qualquer contrato. A ideia de que uma geração pode ser sacrificada é absurda por definição. Sacrificada a quê?

Ninguém entende como podem os gregos viver submetidos a tanta pressão. Pois a explicação é esta: à margem das notícias, eles já estão a libertar-se”.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

praia da Poça - Estoril - foto flipvinagre


A pátria não é a terra; não é o bosque, o rio, o vale, a montanha,
a árvore, a bonina: são-no os afectos que esses objectos nos
recordam na história de vida ...

Alexandre Herculano


domingo, 13 de novembro de 2011

cartoon do Maia

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

bom fim de semana...
(...) Aquilo parecia um Parlamento, povoado por deputados, com um Orçamento de Estado para discutir. Mas qualquer criatura que habite a Europa em 2012 sabe que as democracias são um luxo a que os países ‘periféricos’ não se podem permitir. O Parlamento é um enfeite; os deputados são figurantes de uma peça escrita em Berlim; e o Orçamento, se merece o nome, é um conjunto de ordens europeias que este governo, ou qualquer outro, tem que aplicar. Se não o fizer, os destinos de Papandreou ou de Berlusconi são a melhor lição de aviso. Cuidado, dr. Passos!~

Verdade que, lá pelo meio, alguns deputados de esquerda ainda berraram e gesticularam. Mas aqui entre nós, que a sra. Merkel não nos ouve, não seria mais honesto fechar a Assembleia da República durante a vigência do ‘programa de ajustamento’ e poupar os portugueses a estas farsas democráticas?"

teor da coluna de João P. Coutinho no CM.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

sinais do Outono - Estoril - foto flipvinagre

Se todos os rios são doces, de onde o mar tira o sal?
Como sabem as estações do ano que devem trocar de camisa?
Por que são tão lentas no inverno e tão agitadas depois?
E como as raízes sabem que devem alçar-se até a luz e saudar o ar com tantas flores e cores?
É sempre a mesma primavera que repete seu papel?
E o outono? ... ele chega legalmente ou é uma estação clandestina?

Pablo Neruda

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé do marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).

Prestes larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura ...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

Miguel Torga

sábado, 5 de novembro de 2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

and tomorrow, and the day after tomorrow, and so on ...

hoje é dia 1 de Novembro, comumente conhecido como Dia de Todos os Santos, Dia dos Finados e em que também se celebram as festividades anglo-saxónicas do Halloween, que se tem popularizado pelo globo inteiro.

Oportunidade para recordar os entes queridos que já se foram desta vida, avós, tios, primos, mas especialmente o meu Pai, de quem muito gostava e de quem tenho imensas saudades ...