sábado, 2 de junho de 2012

foto da net

"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...


(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).


Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.


Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."


Miguel Torga

1 comentário:

mfc disse...

Tanta verdade... e tanta esperança nestas palavras!