sábado, 31 de dezembro de 2016

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

"Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente."
Dalai Lama

terça-feira, 18 de outubro de 2016

a alma procura o melhor e instala-se, a casa do bem é a sua residência

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

alguma coerência do sábio que deitou cá para fora estas conclusões e que nos sucita melhor atitude

terça-feira, 13 de setembro de 2016

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

“Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele.
Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá-los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.
Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço».
Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alunos engraxavam os professores, os jornalistas engraxavam os ministros, as donas de casa engraxavam os médicos da caixa, etc. ..
Mesmo assim, eram raros os portugueses com feitio para passar graxa. Havia poucos engraxadores. Diga-se porém, em abono da verdade, que os poucos que havia engraxavam imenso. Nesse tempo, «engraxar» era uma actividade socialmente menosprezada.
O menino que engraxasse a professora tinha de enfrentar depois o escárnio da turma. O colunista que tecesse um grande elogio ao Presidente do Conselho era ostracizado pelos colegas. Ninguém gostava de um engraxador.
Hoje tudo isso mudou. O engraxanço evoluiu ao ponto de tornar-se irreconhecível. Foi-se subindo na escala de subserviência, dos sapatos até ao cu.
O engraxador foi promovido a lambe-botas e o lambe-botas a lambe-cu.
Não é preciso realçar a diferença, em termos de subordinação hierárquica e flexibilidade de movimentos, entre engraxar uns sapatos e lamber um cu.
Para fazer face à crescente popularidade do desporto, importaram-se dos Estados Unidos, campeão do mundo na modalidade, as regras e os estatutos da American Federation of Ass-licking and Brown-nosing. Os praticantes portugueses puderam assim esquecer os tempos amadores do engraxanço e aperfeiçoarem-se no desenvolvimento profissional do Culambismo.
(…) Tudo isto teria graça se os culambistas portugueses fossem tão mal tratados e sucedidos como os engraxadores de outrora. O pior é que a nossa sociedade não só aceita o culambismo como forma prática de subir na vida, como começa a exigi-lo como habilitação profissional.
O culambismo compensa. Sobreviver sem um mínimo de conhecimentos de culambismo é hoje tão difícil como vencer na vida sem saber falar inglês.”
Miguel Esteves Cardoso, in “Último Volume”
infelizmente na  sociedade portuguesa (e noutras...) o culambismo é prática habitual, um nojo, diga-se, e nojentos os seus autores.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

segunda-feira, 4 de julho de 2016

a liberdade de expressão é um dos melhores bens que um sistema democrático pode instituir numa sociedade. Em todo o caso, como em tudo na vida, os abusos dessa liberdade muitas vezes colidem com direitos individuais, como é o caso da reserva da intimidade privada. Alguns media, bastas vezes, violam e devassam a vida privada das pessoas, pondo a nu factos e circunstâncias que nada beneficiam a sociedade, caso das revistas cor de rosa (autênticos pasquins). Porém, quando desta intromissão são revelados factos com o maior significado para a sociedade, veja-se o caso das fugas de capital para as offshores, então aqui predomina o interesse público e prevalece a liberdade de informação. Matéria muito interessante e que só num sistema democrático adulto produz efeitos, a liberdade é um dos bens de maior valor para os cidadãos.

terça-feira, 3 de maio de 2016

sexta-feira, 1 de abril de 2016

e de tantas tantas outras coisas...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

uma verdade, áfrica é inesquecível, e quando alguém nasceu em áfrica e viveu intensamente aquela terra, fica marcado para sempre, torna-se uma pessoa diferente, a noção de espaço e tempo transformam o seu conceito de dimensão e aprecia-se melhor as vinte e quatro horas do dia, tornamo-nos mais humanos, mais sensíveis, melhores para com o nosso semelhante e para com a natureza, e o convívio com os povos ali residentes há muito tempo faz-nos apreciar a simplicidade das coisas e como descomplicar a própria vida, um sorriso nos lábios e o nosso dia pode ficar mais fácil, mais agradável, para nós e para quem nos rodeia.