domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um fio de silêncio costurando o tempo
A missanga, todos a vêem। Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas। Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo.

Mia Couto

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

em contemplação pelo Lobito (Angola) - foto flipvinagre

Imagem de Velhos Tempos !...*

De meus tempos de criança
eu tenho muita saudade
e a minha mais tenra idade
guardo sempre na lembrança

Lembrança que me acompanha
pelas sendas do caminho;
eu jamais sigo sozinho
por mata, rio ou montanha.

nas retinas dos meus olhos
tenho imagens sem abrolhos,
brilantes de luz e paz...

São imagens que carrego
de tempos que não renego,
meus tempos de nunca mais...!

*Gotas de Cristal*
*(pseudónimo de Sónia Maria Ditzel Martelo, poetisa brasileira; poema publicado na II Antologia de poetas lusófonos)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

matando as saudades da pátria-mãe - Lisboa - foto flipvinagre

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

caretas/máscaras do Quénia (expostas na RSA) - foto flipvinagre
Pondo a leitura em dia vejo e oiço os "Deolinda" na música "Parva que sou", um canto que faz lembrar os tempos da música de intervenção (saudades do Zeca Afonso...), com toda a razão de ser...Para onde os governantes levam esta nossa juventude?!?!?!Aqui fica a letra: (e veja também o video no You Tube)
"Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


uma curta passagem por Joanesburgo deu para aferir a dimensão deste Estado africano, completamente à parte no continente, a diferença é por demais notória, as acessibilidades rodoviárias, o parque habitacional e o urbanismo, a oferta de bens e serviços, enfim, tudo aqui está muito mais perto do ambiente europeu e do desenvolvimento social e económico dos grandes países.

Jantar na "Nelson Mandela Square", em Sandton, a zona rica da cidade e centro/bairro de negócios. Comeu-se bem, bebeu-se bem, uma chinesa ainda me massajou o lombo... assim se vai levando a vida. Cheers.
Maputo (Costa do Sol) Moçambique - foto flipvinagre

afazeres profissionais levaram-me a Maputo (ex-Lourenço Marques). Inevitável a comparação com Luanda, claro. Maputo está bem mais preservada, não tão populosa, o tráfego automóvel ainda é ligeiro, uma cidade onde se está bem, de gente simpática e onde o turismo já arrancou há algum tempo, isso nota-se. A influência da África do Sul também se faz notar, o trânsito pela esquerda é uma evidência, claro, mas há mais, embora a presença portuguesa continue a fazer-se notar. Mas nós temos mais riqueza e isso é motivo de conversa, sem preconceitos. Diria "maningue nice". Agradável, recomendo.