sábado, 1 de março de 2008



Estive a rever umas cassetes que o dia-a-dia não me deixa ver em tempo.
E recordo aqui o que o M.I. Bastonário da Odem dos Advogados referiu em entrevista na televisão pública, (2008/01/31, 21h). Ele mostrou uma determinação pouco comum nos bastonários dos advogados. As suas afirmações alusivas a casos de alegada corrupção, sobejamente conhecidos, são, sem sombra de dúvida, polémicas, mas demonstram e desafiam o conformismo de que os responsáveis políticos do chamado centrão são capazes e chamam a atenção para a capacidade de esquecimento das máquinas mediáticas e ainda a incompreensível insensibilidade das magistraturas e das polícias.

Ter-se-à caído no laisser faire laisser passer?

Sem cair no justicialismo barato, Marinho Pinto veio dizer que não pactua; que perdeu as ilusões mas não os ideais.
E isso deve incomodar quem se nutre de passividade cívica para se encher à grande.

Recordo aqui o que ele relembrou "O direito de ficar calado e o direito de elogiar os poderosos, existem em qualquer ditadura".
Finalmente ouve-se um Bastonário da Ordem dos Advogados reconhecer que a "nossa" justiça é muito forte com os fracos e muito fraca com os fortes.

Esperemos que o teor da entrevista não fique perdido no deserto e que algo seja feito para que os cidadão voltem a ter na devida conta a res publica.

Tudo com a devida vénia.

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