terça-feira, 19 de outubro de 2010

"sem título"
tela do angolano Álvaro Macieira

Chuva

Tenha piedade
De nós
Caía com carinho
Ouça minha voz

Não destrua
O meu bairro de lata
Regue os nossos campos
Mas não mate
A nossa pura verdura

Tenha piedade de nós
Caía com carinho
Ouça a minha voz

Não deixe
A minha rua alagada
Você diz que nos ama
Mas no fundo
Não ama nada

Traga
Mais saúde
Mais Kumbú
Mais amor
Isto é o que queremos.

Sandro Feijó*
(poeta angolano, Abril 2010)


Por aqui começaram as chuvas, quando chove a situação complica-se, mil e uma razões vêm à tona de água para justificar outras mil e tantas coisas...Daí a minha preferência pelo Sol, fica tudo muito mais luminoso.

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