Lívio Morais, um pintor moçambicano a residir em Portugal há mais de 30 anos, tem tido sucesso pelo mundo fora, mas confessa que o seu maior sonho era ser conhecido no seu país.
Por Manuela Ferreira
da Agência Lusa
«O meu país ainda não me conhece. Penso que, quando isso acontecer, terá outra maneira de se aproximar de mim, porque eu estou a fazer tudo por isso. Gostaria que o meu país se orgulhasse daquilo que eu faço e que já é muito conhecido cá fora», disse à Agência Lusa o pintor moçambicano.
O drama de Lívio de Morais é o mesmo de milhares de artistas africanos que deixam os seus países para trás para aperfeiçoarem os seus conhecimentos, evoluindo mais depressa do que aqueles que deixaram na sua aldeia, pelo que acabam por não ser compreendidos por eles.
Quando, em 1986, o escritor nigeriano Wole Soyinka recebeu o Prémio Nobel da Literatura, uma jornalista perguntou-lhe o que mais poderia ele querer.
O galardoado respondeu que estava por realizar o seu maior sonho: que a mãe, que continuava a viver na sua aldeia natal, Abeokuta, pudesse ler um livro seu, o que não era fácil porque ele escrevia em inglês, idioma que ela nunca dominara.
Mas se Lívio de Morais não é muito conhecido em Moçambique, é uma presença constante em exposições de Norte a Sul de Portugal, a última das quais em Vila do Conde.
Expôs também em Espanha, Alemanha, Canadá e mesmo Moçambique. (Leia mais aqui)
quinta-feira, 15 de março de 2012
Livio Morais - Mulheres com farinha de milho
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