sábado, 27 de fevereiro de 2010

mais um belo quadro angolano. Autor: Modesto
um dos edifícios mais bonitos de Luanda - Banco Nacional de Angola - foto flipvinagre
vai uma bebida fresquinha? Na via pública tudo se transacciona (no saco, gelo e refrigerantes)
vendedor ambulante no meio do trânsito - vende-se de tudo e são muitos,de manhã à noite
em primeiro plano, a Igreja da Nazaré (na marginal). - foto flipvinagre

Luanda é uma cidade em renovação, cheias de obras e construções, há vários edifícios a erguerem-se no panorama urbano, estradas e ruas estão também a sofrer alterações e há novas vias que começam a tornar-se realidade. Tudo isto contribui para que esta cidade apresente um índice muito elevado de crescimento, as alterações e obras novas trouxeram um crescimento significativo de trabalhadores, o trânsito é confuso e a circulação automóvel apresenta enormes dificuldades, os engarrafamentos são constantes e é aí, também, que, mercê de uma densidade populacional de enormes proporções (reflexo da guerra interna, com o fluxo populacional a fixar-se nos grandes centros urbanos), os habitantes locais procuram ganhar a vida, sendo, pois, normal a presença de vendedores ambulantes em plena via pública, onde se transaccionam todo o tipo de bens. Ou seja, não é fácil viver nesta urbe em fase de condensação a todos os níveis, e onde, paradoxalmente, o próprio nível de vida é dos mais caros do globo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

um género de pintura que aprecio imenso, eis um quadro de "Kabongo" sobre as Quitandeiras

as Quitandeiras são as vendedoras ambulantes que pululam pela cidade e vendem um pouco de tudo, são muito populares, verdadeiros ícones aqui da banda.
marginal/baía de Luanda - foto flipvinagre

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

porto de Luanda, ao fundo a ilha - foto flipvinagre

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

voando para a terra onde nasci, de que muito gosto, deixo um abraço...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Palácio dos Anjos e Centro Cultural Manuel de Brito, em Algés - foto flipvinagre
Conversation with God:

Man: God?
God: Yes?
Man: Can I ask you something?
God: Of course!
Man: What is for you a million of years?
God: A second.
Man: And a million dollars?
God: A penny.
Man: God, Can you give me a penny?
God: Wait a second.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

"Adoro as coisas simples.
Elas são o refúgio do espírito complexo."

Oscar Wilde

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

este tempo horroroso, de frio e chuva, aumenta as minhas saudades da primavera...
de como, em tempo de carnaval, se tira a máscara ao que vai por aqui... veja o comentário ponderado e inteligente de pessoas que sabem do assunto, os portugueses agradecem. Clicke aqui.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O homem é livre
para não ser submisso.

Sartre

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

tá frio...agasalhem-se!!!
"Liberdade, eis a questão
por BAPTISTA-BASTOS

A questão é esta: há liberdade de imprensa em Portugal? É ociosa, a pergunta, para quem, como eu, vem do tempo em que se escrevia baixinho, tão baixinho que perdêramos muitas das palavras, por mudez e falta de uso. Já me não surpreende a desvergonha de alguns daqueles que têm desfilado nas televisões a proclamar que vivemos numa asfixia. Mas indigna-me o silêncio calculado dos que se não erguem a protestar contra a ambiguidade do assunto. (...)".

No DN, leia mais aqui.

Tudo isto é triste, tudo isto é fado...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vais perguntar outra vez porque existes ?
Para quê ?
Para ficares com os olhos do tamanho de ilhas tristes ?
Pois não sabes que já milhões como tu e como eu ,
pediram , em vão , às aves
que procurassem nas nuvens aquela Porta
de que nem a Morte tem as chaves .

E quem a abriu ?

Quem sabe que Porta é ?

*
José Gomes Ferreira

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

não tenho visto a lua, não sei se ela, pelo contrário, me tem visto, ia dizer que me é indiferente mas à última hora evito tamanha injustiça, porque quando a vejo há algo que me suscita confiança, talvez o céu aberto, sem nebulosidade me dê algum conforto, ou a sua presença e a sua luz derivada me assegurem outra tranquilidade, só o simples facto de a ver, um e outro dia, e ainda outro e outro me sugiram sempre, e de cada vez, uma perspectiva diferente e daí um pensamento novo, uma reflexão original...sim, talvez seja isso, a novidade, há sempre algo diferente num segundo olhar

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

não sei o que diga, bem gostava de dizer algo mas não sei, fica aqui registada, apenas, e portanto, a minha tentativa em dizer algo, não existe assunto algum sobre o qual me sinta motivado a exprimir-me, eis-me junto à fronteira dos domínios do vazio, de um vazio de conteúdos meritórios e motivadores da vontade, algo que valha a pena, não vejo nada e, contudo, vejo tudo, uma nuvem de nada invade e predomina a minha esfera, será o quê, será porquê, porque será? Não tem que haver uma explicação para tudo pois não? FFFFFF (isto é um sopro, gentil e meigo para não incomodar a nuvem), ffffffff ( tá melhor assim, em minúsculas, para que a nuvem se vá embora, de mansinho...)... f f f f

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Às vezes tenho ideias, felizes,

Ideias subitamente felizes, em ideias

E nas palavras em que naturalmente se despejam...

Depois de escrever, leio...

Porque escrevi isto?

Onde fui buscar isto?

De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...

Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta

Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...


Álvaro de Campos

domingo, 7 de fevereiro de 2010

and remember, you are not alone

deambulo por questões meramente hipotéticas, o meu pensamento transcorre por entre probabilidades e raciocínios especulativos, e, sugestionado por uma mera possibilidade remota, ultrapasso a fronteira da normalidade e apresento o passaporte no consulado do reino da suprema eventualidade, andam todos de cabeça no ar, cogitando, as nuvens não são condensações abstractas mas figuras semelhantes a equações, silogismos disfarçados, conclusões prévias, há narizes empertigados e queixos que são cofiados enquanto dúvidas se esfumam das raízes dos cabelos, há soluções que esvoaçam nas redes que costumavam caçar borboletas, há tanto mais que ponderar...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Vamos abrir a noite
com música de Jazz
Vamos abrir a noite
Percorrê-la depois
num barco de borracha
Enforcar a memória
Celebrar o segredo
Descobrir de repente
Uma ilha que nasce dentro
do teu vestido
Chamar-lhe madrugada
Adormecer contigo

David Mourão Ferreira
sem pachorra para verter letras, são fases, que se há-de fazer?! Então, sento-me a um canto e enquanto esta "fase" não passa persigo degustando passagens de José Eduardo Agualusa, agora em "Fronteiras Perdidas" - contos. Dir-se-à que até é uma fase oportuna e simpática, e que há fases que vêm por bem, e eu concordo, e nem sei quanto tempo vai durar, que dure o que houver que durar, anos, séculos, milhares de anos, um dia passará, estou certo :-)

"(...) Quando os portugueses fugiram, Pascoal compreendeu que os dias felizes haviam chegado ao fim. Assistiu com desgosto à entrada dos guerrilheiros, aos tiros, ao saque das casas. (...)
Uma espécie de cansaço desceu por sobre as casas e a cidade começou a morrer. África - vamos chamar-lhe assim - voltou a apoderar-se do que fora seu. Abriram-se cacimbas nos quintais. Acenderam-se fogueiras nos jardins. O capim rompeu o asfalto, invadiu os passeios, os muros, os pátios. Mulheres pilavam milho nos salões. Os frigoríficos passaram a servir para guardar sapatos. Pianos deram excelentes coelheiras. Gerações de cabras cresceram a comer bibliotecas, cabras eruditas, especializadas em literatura francesa, umas, outras em finanças ou arquitectura."
(...)
"Sigo em direcção à fronteira, A São Domingos, na Guiné-Bissau. E é então que vejo uma placa na berma da estrada, meio oculta entre o capim exuberante, corroída pelo tempo, a humidade feroz, um desgosto antigo:
- Portugal - 30 km. "
(...)
"Na opinião da velha senhora o esplendor eléctrico das grandes cidades, ao ocultar o brilho das estrelas, prejudicou a humanidade. ela acha que, tendo deixado de ver as estrelas - tendo deixado de se confrontar, todas as noites, com o ilimitado, o infinito, a fantástica imensidão do universo -, os homens perderam a humildade, e com a humildade perderam a razão. O desvario do mundo está, na opinião dela, directamente ligado ao êxodo rural e á multiplicação vertiginosa das grandes cidades".

José Eduardo Agualusa in "Fronteiras Perdidas - Contos"



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O homem que começa a viver mais seriamente por dentro,
começa a viver mais singelamente por fora.

Ernest Hemingway