Esta madrugada choveu pra xuxu aqui na banda e quando chove esta cidade de Luanda transforma-se rapidamente num imenso parque de aventuras, as ruas ficam cheias de poças, fruto de uma ainda deficiente drenagem, o lixo amontoa-se nalguns locais e os odores que pairam no ar vão poluindo os narizes mais exigentes, enfim, caso para dizer que "isto"não é para qualquer um mas vejamos o lado positivo, um dia esta situação vai acabar e então as estórias por contar ganharão vida e farão rir alguns cidadãos mais sisudos. Contaram-me que, mercê de um parque habitacional deficiente e cheio de carências, entra água em muitas e muitas habitações, o que leva grande parte das pessoas a trabalhos inesperados no imediato, gerando a sua ausência ao trabalho no dia imediatamente a seguir, a onda de abscentismo é enorme e compreende-se, embora exista alguma percentagem de abscentismo solidário digno de reparo, mas muangolé é assim mesmo, o vizinho aqui tem estatuto quase de familia e por isso só há que ter a perspectiva correcta dos usos e costumes locais. Engraçado é o truque dos meninos/candengues da rua, que perante o cidadão desconhecedor dos buracos da estrada ou mesmo avenida, demanda por gasosa/gorjeta, e se não há uns kwanzas pra receber lhe indicam mesmo caminho pró buraco, pois então, coméqueé? Se demora a entrega do cumbu, eles dizem "vais-me precisar", eheheh.
4 comentários:
Delícia, esse meninos :-D
fugidia,
têm que viver e essa é uma forma de obterem meios de subsistência
:-)
Não parece muito diferente do que por cá se passa em dias de chuva abundante, Flip. Faltam esses meninos/candengues, mas sobram-nos os arrumadores espontâneos que, infelizmente, não têm a mesma graça. :-)
Luísa,
exactamente, alguns deles não têm graça nenhuma :-)
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