terça-feira, 30 de junho de 2009
A distinguished young woman on a flight from Ireland asked the Priest beside her, 'Father, may I ask a favour?'
'Of course, child. What may I do for you?'
'Well, I bought an expensive woman's electronic hair dryer for my mother's birthday that is unopened and well over the Customs limits, and I'm afraid they'll confiscate it. Is there any way you could carry it through customs for me? Under your robes perhaps?'
'I would love to help you, dear, but I must warn you: I will not lie.'
'With your honest face, Father, no one will question you.'
When they got to Customs, she let the priest go ahead of her.
The official asked, 'Father, do you have anything to declare?'
'From the top of my head down to my waist, I have nothing to declare.'
The official thought this answer strange, so asked, 'And what do you have to declare from your waist to the floor?'
'I have a marvelous instrument designed to be used on a woman, but which is, to date, unused.'
Roaring with laughter, the official said, 'Go ahead, Father. Next!'
segunda-feira, 29 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
fui ver uma lenda viva: Chick Corea, um dos maiores pianistas e vultos do jazz mundial, a par de Keith Jarrett, por exemplo.
Corea tocou com Miles Davis em "In a Silent Way" e "Bitches Brew", recebeu múltiplos Grammy e foi descrito pela All About Jazz como "um artista que definiu e redefiniu o curso da música moderna".
Entre nós reviveu os seus mentores, Duke Ellington, Bill Evans, Thellonius Monk e algumas melodias de sua autoria, brindando a audiência com o requinte de um concerto a solo, puxando pela participação do público, que teve direito a um “encore”. Em suma, um espectáculo na verdadeira acepção do termo.
Fotografias nem pensar, fica a imagem na lateral para recordação.
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo...
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
Pablo Neruda
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece...
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
Pablo Neruda
sábado, 27 de junho de 2009
Inocência e possibilidade:
As imagens eram próximas / Como coladas sobre os olhos / O que nos dava um rosto justo e liso / Os gestos circulavam sem choque nem ruído / As estrelas eram maduras como frutos / E os homens eram bons sem dar por isso.
Um dos poemas inéditos de Sophia de Mello Breyner Andresen, está num papelinho escrito a tinta permanente azul, escrito na Granja, a 31 de Agosto de 1943, quando os verões ainda se passavam no Norte (vidé Público).
Hoje, no DN, sobre a cidade que mais me diz e com uma idéia interessante:
"A filosofia desceu ao Metro
por Ferreira Fernandes
Esta semana, o metropolitano de Londres começou a prestar um novo serviço: frases. Além das informações práticas - do género da nossa "Próxima paragem, Marquês de Pombal" -, os altifalantes londrinos debitam sabedorias de gente célebre ou provérbios de povos longínquos. Passou a ouvir-se: "A vida é mais do que aumentar a velocidade", de Mahatma Ghandi. E: "Nunca critiques um homem até andares uma milha nos seus mocassins", de uma tribo índia americana. O artista que vendeu a ideia à administração do Metro londrino acredita no género humano e acha-o disponível para ouvir mais do que o prudente (porque os cais londrinos, às vezes, não se chegam ao comboio) "Atenção ao buraco." A escolha das frases célebres implica algum exercício de bom senso, daí se ter proibido a frase de Sartre "O Inferno são os outros" porque o comboio pode estar parado num túnel e com as carruagens cheias. Eu aconselharia também que nunca se usasse "A luz ao fundo do túnel pode ser de um trem vindo em sentido contrário" (de Robert Lowell). Por outro lado, devia repetir-se a frase imortal de Chesterton: "A melhor maneira de apanhar um comboio é perder o anterior."
Parece que estou a ouvir "Mind the Gap, Mind the Gap" and just like Winston Churchill said " Attitude is a little thing that makes a big difference".
Think about...
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A minha querida amiga Ani (Ana Prata) actualizou o seu Site, ora dêem uma espreitadela, ficou muito bonito, clickem aqui ou na lateral.
Parabéns Ani, beijinho :-)
como gostei de "Budapeste" eis-me descobrindo de novo Chico Buarque:
Quando eu sair daqui, vamos nos casar na fazenda da minha feliz infância, lá na raiz da serra. Você vai usar o vestido e o véu da minha mãe, e não falo assim por estar sentimental, não é por causa da morfina. Você vai dispor dos rendados, dos cristais, da baixela, das joias e do nome da minha família. Vai dar ordens aos criados, vai montar no cavalo da minha antiga mulher. E se na fazenda ainda não houver luz elétrica, providenciarei um gerador para você ver televisão. Vai ter também ar condicionado em todos os aposentos da sede, porque na baixada hoje em dia faz muito calor. Não sei se foi sempre assim, se meus antepassados suavam debaixo de tanta roupa. Minha mulher, sim, suava bastante, mas ela já era de uma nova geração e não tinha a austeridade da minha mãe. Minha mulher gostava de sol, voltava sempre afogueada das tardes no areal de Copacabana. Mas nosso chalé em Copacabana já veio abaixo, e de qualquer forma eu não moraria com você na casa de outro casamento, moraremos na fazenda da raiz da serra. Vamos nos casar na capela que foi consagrada pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro em mil oitocentos e lá vai fumaça. Na fazenda você tratará de mim e de mais ninguém, de maneira que ficarei completamente bom. E plantaremos árvores, e escreveremos livros, e se Deus quiser ainda criaremos filhos nas terras de meu avô. Mas se você não gostar da raiz da serra por causa das pererecas e dos insetos, ou da lonjura ou de outra coisa, poderíamos morar em Botafogo, no casarão construído por meu pai. Ali há quartos enormes, banheiros de mármore com bidês, vários salões com espelhos venezianos, estátuas, pé-direito monumental e telhas de ardósia importadas da França. Há palmeiras, abacateiros e amendoeiras no jardim, que virou estacionamento depois que a embaixada da Dinamarca mudou para Brasília."
Chico Buarque in "Leite Derramado", 2009 (excerto)
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Para saber o quanto a nossa felicidade depende da jovialidade do ânimo e este do estado de saúde, é preciso comparar a impressão que as mesmas situações ou eventos exteriores provocam em nós nos dias de saúde e vigor com aquela produzida por eles quando a doença nos deixa aborrecidos e angustiados. O que nos torna felizes ou infelizes não é o que as coisas são objectiva e realmente, mas o que são para nós, na nossa concepção. É o que anuncia Epicteto: O que comove os homens não são as coisas, mas a opinião sobre elas. Em geral, 9/10 da nossa felicidade repousam exclusivamente sobre a saúde. Com esta, tudo se torna fonte de deleite. Pelo contrário, sem ela, nenhum bem exterior é fruível, seja ele qual for, e mesmo os bens subjectivos restantes, os atributos do espírito, do coração, do temperamento, tornam-se indisponíveis e atrofiados pela doença. Sendo assim, não é sem fundamento o facto de as pessoas se perguntarem umas às outras, antes de qualquer coisa, pelo estado de saúde e desejarem mutuamente o bem-estar. Pois realmente a saúde é, de longe, o elemento principal para a felicidade humana. Por conta disso, resulta que a maior de todas as tolices é sacrificá-la, seja pelo que for: ganho, promoção, erudição, fama, sem falar da volúpia e dos gozos fugazes. Na verdade, deve-se pospor tudo à saúde.
Arthur Schopenhauer
Por isso, espero que estejam todos bem.
relembrando os Clássicos:
A velocidade do tempo é infinita, e só quando olhamos para o passado, é que temos consciência disso. O tempo ilude quem se aplica ao momento presente, de tal modo é insensível a passagem do seu curso vertiginoso. Queres saber porquê? Porque todo o tempo passado se acumula num mesmo lugar; todo o passado é contemplado em bloco, forma uma totalidade; todo ele se precipita no mesmo abismo. De resto, não é possível delimitar grandes intervalos nesta nossa vida tão breve. A existência humana é um ponto, é menos que um ponto. Só por troça é que a natureza deu a tão diminuta existência a aparência de uma grande duração, dividindo-a em infância, em adolescência, em juventude, em período de transição da juventude à velhice, finalmente em velhice. Tantos períodos num tão exíguo espaço de tempo!
(...) Habitualmente não me parecia tão veloz a passagem do tempo; agora, porém, parece-me incrivelmente rápida, talvez porque sinto aproximar-se o fim, talvez porque passei a dar-lhe atenção e a avaliar o desgaste que em mim provoca. Por isso mesmo me causa indignação ver como as pessoas gastam em futilidades a maior parte de uma vida que, mesmo dispendida com a maior parcimónia, não seria bastante para as coisas essenciais.
Séneca, in 'Cartas a Lucílio'
terça-feira, 23 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A melhor prova duma real amizade está em evitar os compromissos entre aqueles que se estimam. Ainda que devendo muito aos que muito me louvam, eu não quero ser-lhes obrigada pela gratidão. Mas sim grata porque estou com eles, devido a circunstâncias que a todos nós agradam e são um laço mais entre nós, sem constituírem um dever. Eu pretendo dizer da amizade o que Diógenes dizia do dinheiro: que ele o reavia dos seus amigos, e não que o pedia. Pois aquilo que os outros têm pelo sentimento comum não se pede, é património comum. Neste caso, a Amizade.
Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'
Banksy é um artista de graffittis, talvez o mais conhecido do globo. As suas ‘obras’ encontram-se principalmente nas ruas de Londres e não é muito difícil encontrá-los, pois Bansky já conquistou estatuto municipal.
Banksy começou as suas aventuras pictóricas em Bristol integrado no Bristol's DryBreadZ Crew. Ninguém sabe o seu verdadeiro nome, os pais pensam que que é decorador. Os seus trabalhos já chegaram às galerias de Londres e Nova Iorque graças aos marchand d’art, sempre á procura de novidades.
Os graffittis de Banky caracterizam-se pela crítica social e política, em versão light ou mordaz. Faz da provocação o isco para interagir com quem passa.Porque são positivos e revestem uma mensagem com valores, aqui ficam para que se lhes dê o devido valor.
eis a diferença (substancial) entre 'graffiti' e 'destruição' que se vai vendo por aí...
A Mentira é a Base da Civilização Moderna
É na faculdade de mentir, que caracteriza a maior parte dos homens actuais, que se baseia a civilização moderna. Ela firma-se, como tão claramente demonstrou Nordau, na mentira religiosa, na mentira política, na mentira económica, na mentira matrimonial, etc... A mentira formou este ser, único em todo o Universo: o homem antipático.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
A mentira reina sobre o mundo! Quase todos os homens são súbditos desta omnipotente Majestade. Derrubá-la do trono; arrancar-lhe das mãos o ceptro ensaguentado, é a obra bendita que o Povo, virgem de corpo e alma, vai realizando dia a dia, sob a direcção dos grandes mestres de obras, que se chamam Jesus, Buda, Pascal, Spartacus, Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, Tolstoi, Reclus, Bakounine, etc. etc.
...
E os operários que têm trabalhado na obra da Justiça e do Bem, foram os párias da Índia, os escravos de Roma, os miseráveis do bairro de Santo António, os Gavroches, e os moujiks da Rússia nos tempos de hoje. Porque é que só a gente sincera, inculta e bárbara sabe realizar a obra que o génio anuncia? Que intimidade existirá entre Jesus e os rudes pescadores da Galileia? Entre S. Paulo e os escravos de Roma? Entre Danton e os famintos do bairro de Santo António? Entre os párias e Buda? Entre Tolstoi e os selvagens moujiks? A enxada será irmã da pena? A fome de pão parecer-se-à com a fome de luz?...
Teixeira de Pascoaes in "A Saudade e o Saudosismo"
Reflexões
"Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho, prazeres sem escrúpulos, conhecimento sem sabedoria, comércio sem moral, política sem idealismo, religião sem sacrifício e ciência sem humanismo."
"O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente."
"O que pensais, passais a ser!"
"A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte."
Mahatma Gandhi
domingo, 21 de junho de 2009
Ontem Mariza 'apareceu' na baía de Cascais e deu um concerto espectacular, a baía encheu para ouvir a menina mais bonita do fado. Valeu a pena, é sempre um prazer imenso ouvi-la cantar, aquela voz maravilhosa entra cá dentro e arrepia-nos a alma e enche-nos de orgulho. Chegou num pequeno barco, deu meia volta na baía já a cantar e subiu ao palco com o público já ufano de poder contar e cantar com ela. Deu-nos a conhecer algumas músicas do seu novo album 'Terra' e cantou temas sempre magníficos, de que destaco 'Fado meu', um dos fados da minha preferência.
A época dos espectáculos vem aí e recheada de bons valores, no âmbito do Cascais CoolJazz Fest (programa aqui) e do Estoril Jazz, a não perder, claro, Chick Corea, Eliane Elias, Lisa Ekdahl, Buika, James Taylor...
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