sexta-feira, 19 de junho de 2009



Ainda conseguiu voltar a superfície e pôr outra vez a cabeça fora de água. Então deram-lhe mais uma bordoada com a pá do remo, sólida e certeira, bem no alto da cabeça. Ao mergulhar definitivamente, engolindo água e sentindo-se ir para o fundo, teve um último pensamento lúcido:
«Que felizes devem ser os anfíbios!».

Mário-Henrique Leiria in ”novos contos do gin”, 1978

2 comentários:

Luísa A. disse...

Não noto nas rãs e nas salamandras uma expressão particularmente risonha, Flip. Mas, sim, seria bom que conseguíssemos sentir-nos confortáveis em mais do que este limitado habitat terrestre. :-)

Flip disse...

Luísa
;-) seria óptimo, assim poderiamos suportar mais pásadas :-)))