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Ainda conseguiu voltar a superfície e pôr outra vez a cabeça fora de água. Então deram-lhe mais uma bordoada com a pá do remo, sólida e certeira, bem no alto da cabeça. Ao mergulhar definitivamente, engolindo água e sentindo-se ir para o fundo, teve um último pensamento lúcido:
«Que felizes devem ser os anfíbios!».
Mário-Henrique Leiria in ”novos contos do gin”, 1978
2 comentários:
Não noto nas rãs e nas salamandras uma expressão particularmente risonha, Flip. Mas, sim, seria bom que conseguíssemos sentir-nos confortáveis em mais do que este limitado habitat terrestre. :-)
Luísa
;-) seria óptimo, assim poderiamos suportar mais pásadas :-)))
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