"Luanda deixou de ser a primeira cidade mais cara do mundo, tendo caído para o terceiro lugar, de acordo com a ECA Internacional.
A razão apresentada pela ECA Internacional para esta descida é a desvalorização do kwanza (moeda angolana) face às principais moedas estrangeiras, embora, na realidade, os preços em Luanda tenham aumentado ao longo de 2009. Na edição de 2010 do estudo «As cidades mais caras do mundo», a empresa adianta que para além dos produtos de consumo diário, a EuroCost International constatou uma subida do preço do alojamento para o quadro estrangeiro.
Em 2009 um quadro estrangeiro pagava no mínimo 3 500 dólares por mês para arrendar um apartamento de dois quartos em Luanda, um almoço custava 47 dólares, uma lata de cerveja no supermercado 1,62 dólares, um quilo de arroz 4,73 dólares, uma dúzia de ovos 4,75 dólares e um bilhete de cinema 13 dólares. (...)
Por outro lado, um estudo da consultora Mercer, intitulado «Cost of Living Survey», coloca no entanto a capital angolana no primeiro lugar das cidades mais caras, destronando Tóquio. O estudo mede o custo comparativo de mais de 200 produtos representativos dos padrões de consumo dos executivos expatriados. (leia mais no Luanda Digital).
Realmente o custo de vida nesta banda é muito alto, chega a ser um disparate, e isto contrasta em larga medida com os padrões de vida locais, incomportáveis para a esmagadora maioria dos luandenses, gerando um fosso enorme entre classes sociais, pode dizer-se que ou se tem ou não se tem, a classe média por aqui é uma franja estreita, daí o recurso a esquemas para viver e ganhar o dia-a-dia, a institucionalização da gasosa (gorjeta) torna-se quase uma taxa obrigatória, o recurso faz parte, parece instinto... haja saúde...!
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