sexta-feira, 22 de maio de 2009
No DN, Mãe vou viajar
por Ferreira Fernandes:
"No Jornal de Angola li: "A ministra uruguaia da Educação anunciou que o português será o segundo idioma nas escolas públicas." No blog "Duas ou Três Coisas", do embaixador português em Paris, Seixas da Costa, li: "Por influência de Angola, a língua portuguesa vai ser ensinada nas escolas primárias da Zâmbia." Em A Mercy, o último romance de Toni Morrison, tropecei na expressão "a minha mãe". O livro, em inglês, usava til e tudo. Quem tanto dizia "a minha mãe" era a protagonista, filha de uma angolana, dos primeiros negros que chegaram à América, no séc. XVII. E foi num poeta que descobri a razão por um jornal de Angola achar ser notícia um país sul- -americano dar importância ao português, por um embaixador em Paris se orgulhar da sua língua num país anglófono e por uma americana Nobel de Literatura pôr a sua protagonista a falar português. O poeta de que falo tem um verso sobre o que diz o bebé à mãe ao nascer, que é o que já disse a língua portuguesa a Portugal: "Mãe, vou viajar!" O poeta chama-se Almada Negreiros e, por acaso, nasceu em São Tomé."
É isto, bom sinal para esta língua linda, a nossa, continua em expansão...
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