domingo, 7 de junho de 2009


ontem quase perdia o jogo de futebol entre Portugal e a Albânia e isso poderia ter implicado uma inconsciente frustração de emoções desejadas, além de gerar a posteriori uma onda de vitupérios contra mim mesmo, contra o mundo e demais coisas vivas.
Felizmente pude ver o jogo e viver as emoções respectivas, todas associadas no espaço de cerca de 95 minutos, a esperança, a alegria, o espanto, a incredulidade, a frustração, o arrependimento, a angústia, o sofrimento, a desilusão, o ânimo, a vontade, o incentivo, a coragem, o risco, e no final a alegria e a esperança de novo. Suei, sentado, eu e o gelo que coloquei no Baileys. Foi duro!
E hoje, ao ver as parangonas dos jornais, vejo o título no ‘Sol’: “Bruno Alves dá vitória a Portugal nos descontos frente à Albânia - Com um golo já para além dos noventa minutos, Bruno Alves deu hoje os três pontos tão necessários à selecção portuguesa para continuar a alimentar esperanças na qualificação para o Mundial 2010, na África do Sul”.
Esta ideia de individualizar e atribuir o sucesso a alguém num jogo colectivo é completamente desajustada, injusta e incoerente, isto para ser breve. Desajustada porque se trata de um jogo em que participam vários jogadores e todos possuem um objectivo, colectivo, o de ganhar, injusta porque aquele que marca foi ajudado pelos restantes e incoerente por não faz sentido, de todo. Assim, proponho-me ignorar o título e recomendar ao respectivo autor que tenha em consideração, no futuro, que num jogo onde participam onze ou mais jogadores, em caso de vitória, até o guarda-redes é merecedor de consideração. Além do público, claro, o que nós ‘sofremos’ também deve ser ‘contabilizado’. Bah!!!!

2 comentários:

Gi disse...

O que me espanta é a tua capacidade de vibrares com esta selecção.

Flip disse...

Gi
welcome back :-)
pois...talvez seja só patriotismo
:-)