quinta-feira, 13 de agosto de 2009


tenho lido nos media o que se vai passando nesta época em que as máquinas partidárias começam a levantar as barricadas, isto é, começam a dar corpo às listas dos seus representantes aos órgãos nacionais, eu disse “aos seus representantes” não disse? Ora cá está, tentam que os “seus” representantes possam também ser os nossos representantes, e está mal, mas como se tal não bastasse, aqueles representantes deles são quase sempre os mesmos, há cadeiras na AR ou nas assembleias municipais que já devem ter o acento moldado ao respectivo cóxis, os braços das cadeiras a mesma coisa, e depois vem a intriga do costume, a inclusão de candidatos que são arguidos em processos judiciais, algo que não dignifica em nada quem é candidato e quem à sua sombra os torna candidatos.
Não tenho fé nenhuma neste estado de coisas, para quando uma democracia mais aberta, mais abrangente, que permita que um qualquer cidadão seja candidato a isto ou àquilo? Democracia, isto? Olhem que não, olhem que não...
e digo mais
no universo que nos é oferecido, de laranjas, rosas, setas ao centro, eu sei lá, eis que a minha perplexidade é esmagada pela limitação dali decorrente e o meu pessimismo acelerado pelo egoísmo hipócrita que lhe está subjacente, num sistema que, afinal, é desconhecido ou objecto de ocultação leonina para a maioria que o julga ideal.

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