sábado, 9 de maio de 2009

O processo de criação não é transparente. Em determinados momentos qualquer coisa em mim - um ritmo, um marulhar de sílabas, imagens - me leva a procurar o papel. De que parte de mim isto vem não sei, é uma necessidade do espírito que subitamente procura tomar expressão.

Eugenio de Andrade

2 comentários:

Luísa A. disse...

Este pensamento de Eugénio de Andrade, Flip, quase entronca com o de Fernando Pessoa de ontem. Sobre as palavras que flúem do espírito livremente, sem a necessidade de uma ordem ou um sentido, apenas por força de um impulso ou de um devaneio. Por que será que isso nunca me acontece? Por que será que só sei escrever coisas muito chãs? :-(

Flip disse...

cara Luísa
ora...nada disso, a escrita da Luísa é cheia de substância, deambula perfeitamente pelas avenidas e rios da escrita em vagas suaves e cheias de saber acumulado, com nitidez de alguém que se revela coerente e, por isso, sábia...nada de se diminuir, e acho que, com um pouquito mais de concentração, chega onde realmente quer...fico à espera que deite cá pra fora esse marulhar seu...
:-)