terça-feira, 5 de maio de 2009
Todos os anos dou a minha voltinha pela feira dos livros, no Parque Eduardo VII. São sempre lucrativas estas presenças, há sempre um descontosinho, um preço de lançamento e, além disso, as promoções do leve três pague dois. E gosto, especialmente, da presença deste ou daquele autor, a quem se pode solicitar um autógrafo, trocar dois dedos de conversa. É, afinal, o contacto directo com quem vive da escrita, com quem tem imaginação, com quem estuda e aprofunda assuntos e matéria diversa, que busca e rebusca nas teias do saber e do conhecimento para revelar algo novo, original, e isso vale a pena. Além do mais, nota-se também algum frenesim no ar, especialmente quando os altifalantes anunciam escritores e descontos, e vê-se também a ânsia dos livreiros em colocar os seus produtos, o leitor que procura especificamente esta ou aquela obra e vasculha de stand em stand, ou o curioso que vai desfolhando os livros até encontrar aquela mesma escrita que lhe diz algo mais, isto para não falar do cheiro do tabaco de cachimbo no ar, muito próprio do circunspecto leitor de poemas que imagino noite alta a devorar esta ou aquela estrofe. Mas há algo que não devia lá estar, não resisto, sim, refiro-me às malvadas farturas, ainda o ano passado engorduraram um livro de poesia acabadinho de comprar e carote, por sinal.
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1 comentário:
Tem razão, Flip, as esplanadas e os quiosques do café ficam bem. Mas as farturas, não. Tanto mais que, este ano, a feira adoptou um aspecto mais composto e sofisticado. :-)
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