sábado, 18 de outubro de 2008

Dir-se-ia, afinal, que a consideração que ela nutria por ele era algo ténue, distraída, mas existia, estava presente. E tudo porque ele notou que ela lhe falava pensando-o um moço desinteressante, destituído de interesse patrimonial ou mesmo sem qualquer pedigree que a pudesse elevar socialmente. Ele viu-lhe a atitude e o desmerecimento que ela lhe destinava e não reagiu, foi passivamente aceitando a ingrata sombra em que ela o havia mergulhado e preferiu retribuir-lhe da mesma maneira, ignorando-a. Foi então que, casualmente, ao vê-lo num dia que se deu conta de não o ver fazia muito tempo, ela, voltuntariamente, quis reparar o seu comportamento e aproximando-se dele, nos lábios sorrindo, disse-lhe, não gosto nada do seu fato. Ele riu-se e, olhando-a nos olhos, procurou a saída da livraria, triste, não pelo fato mas pelo facto de ela, embora com boas intenções, não saber comunicar.
(dando ao dedo por dá cá aquela palha, sem rumo certo)

2 comentários:

Luísa A. disse...

Ele parece ser um pouco susceptível, mas ela não pode ser mais desajeitada. ;-)

Flip disse...

:)
Cara Luísa,
pessoas que nos fazem perder tempo...?!!!
Gostei da sua leitura.