terça-feira, 24 de março de 2009

Gostei,hoje no "DN" um assunto que precisa ir mais longe, a renovação faz parte da democracia.
"A falta de renovação dos partidos
A possível escolha de João Bosco Mota Amaral como cabeça de lista do PSD ao Parlamento Europeu, noticiada hoje pelo DN, é só mais um exemplo da incapacidade de regeneração e renovação dos partidos políticos portugueses. Se não, vejamos: O PS escolheu Vital Moreira, ex-deputado constituinte, como candidato às próximas eleições europeias; o mesmo PS aposta em Jorge Miranda, um dos "pais" da Constituição Portuguesa, para o cargo de provedor de Justiça; e isto para já não falar nos chamados "dinossauros" das autarquias que, um pouco por todo o País, sobrevivem em todas as forças partidárias.

Sem prejuízo dos méritos e qualidades de Mota Amaral, Vital Moreira ou Jorge Miranda, a questão que se coloca é saber por que razão a actual geração de políticos no activo não é capaz de afirmar soluções e actores novos, que desempenhem as mais altas funções ao serviço da coisa pública. Será que as actuais lideranças partidárias não confiam nos seus quadros mais novos? Será que as actuais lideranças partidárias sancionam a voz do povo quanto à profunda desconfiança que os cidadãos têm sobre a qualidade da maioria dos políticos no activo?

Quando, e bem, se aprovou a lei de limitação de mandatos dos presidentes das autarquias locais, a razão invocada foi a da necessidade de renovação. Mas, a verdade, é que o recurso sistemático aos chamados "senadores" dos partidos e da democracia transmite a ideia de que a nomenclatura partidária é sempre, ou quase sempre, a mesma."

'Eles' eternizam-se no poder, com eles toda uma turma enorme de assessores, uma clientela que se vai aglomerando etc etc, o 'filme' já é conhecido... Por isso a renovação deveria ser obrigatória em todos os cargos da República, ficava a ganhar o eleitor/contribuinte com o sangue novo daqueles que querem mostrar 'serviço'. Enquanto assim não for, o espelho vai reflectindo a mesma imagem, gasta, até ficar amarela, bolorenta e bafiosa, perde a democracia e perdemos todos nós.

4 comentários:

Luísa A. disse...

O problema, Flip, é – parece-me – não haver com quem renovar. A gente nova dos partidos é pessoal que se fez neles, sem nenhum mundo. A outra, que poderia ter interesse, não quer nada com a política, pelo menos directamente. Isto não está fácil. :-S

Flip disse...

Pois, talvez tenha razão Luísa, mas ter que 'levar' sempre com os mesmos não é nada 'saudável'...serão profissionais da política? Acho que sim, afinal...que mais sabem eles fazer?! Mas não deveremos ser nós a ter que os sustentar, triste isto, este estado de coisas... :-(

Maria Eduarda disse...

Sabes, na política a coisa funciona como a Ordem dos Médicos. Ainda que tenhas uma imensa lista de espera para Oftalmologia só haverá mais vagas para a especialidade quando os oftalmologistas quiserem...

Flip disse...


pois...por isso não alinho lá muito com a 'partidocracia'...