sexta-feira, 20 de março de 2009


A cidade vai sofrendo alterações, verifica-se maior movimento por parte dos funcionários camarários, em ano de eleições justifica-se maior cuidado e empenho, o voto assim o reclama, a nossa decisão nas urnas começa a ganhar um peso e uma dimensão relevante e está na ordem do dia, e sem querermos somos beneficiados por mais um canteiro aqui, um jardinzinho ali, umas fachadas limpas, algo que, ao fim e ao cabo, merecemos todos os dias mas só nestas épocas eleitorais parecem tornar-se realidade. E isto tudo porque verifiquei na baixa de Cascais que um estabelecimento comercial há muito encerrado, começa a ganhar nova ‘vida’, era patente uma azáfama para o pôr em condições de fazer face aos exigentes requisitos do actual mercado comercial. Aqui chegados, dirão, tanta letra e ainda não sabemos o que ele pretende, pois bem, isto tudo porque vi a um canto do referido espaço, um rádio dos antigos, daqueles que servia para o meu pai ouvir as notícias, música, entrevistas e demais novidades, e o som até era jeitoso. Perguntei se o proprietário o venderia, mas logo me disseram que não, era relíquia da casa. E foi assim que recuei no tempo uns bons anos, o progresso e o calendário pregam-nos estas partidas, vamos avançando mas, de vez em quando, olhamos para trás, para o caminho já percorrido e temos saudades, dos objectos que fizeram o nosso quotidiano e dos momentos que essas mesmas peças nos proporcionaram.
Não tendo sucesso a minha tentativa de concretizar talvez um bom negócio, resta-me demandar as feiras de objectos antigos/velharias (em Sintra, em Algés), que são lugares deliciosos de visitar, afinal recordar é viver e é sempre delicioso fazer uma viagem no tempo.

4 comentários:

Gi disse...

Também tens feira de velharias em Oeiras, em Paço de Arcos no Príncipe Real ... talvez consigas.
Todos nós os quarentões, pelo menos, se lembram de ver estes rádios nas casas dos pais.

Flip disse...

Gi
é isso,,,é lá que os vou procurar. :-)

Maria Eduarda disse...

Eu ia falar de Oeiras mas a Gi já falou. Então indico aqui bem perto Carcavelos o último domingo de cada mês no mercado. E Filipe já agora deixa-me só rectificar una cosita só porque me deu saudades. Não eram rádios. Eram telefonias. Ou estou enganada?

Flip disse...


'lá' chamávamos rádio aqui é que os identificavam por 'telefonia' :-)