terça-feira, 8 de setembro de 2009


“Acreditamos na vida eterna", assim grita a tragédia; enquanto a música é a ideia imediata desta vida. Uma finalidade muito diferente tem a arte do escultor; aqui Apolo supera o sofrimento do indivíduo com a luminosa glorificação da eternidade da aparência, aqui a Beleza vence o sofrimento que insere na vida, a dor, é, de algum modo, obrigada a desaparecer dos traços da natureza. Na arte dionisíaca e no seu simbolismo trágico a própria natureza fala-nos com a sua voz verdadeira e aberta: "Sede como eu sou! Na mudança incessante das aparências, a mãe primigénia, eternamente criadora, que eternamente constringe à existência, que eternamente se satisfaz com esta mudança de aparência".

F.Nietzsche

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