quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Hoje ouvi um diálogo interessante de terceiros sobre as novas tecnologias usadas ou em vias de serem usadas nos aeroportos, os scanners que realizam o já conhecido “striptease surveillance” (em português dir-se-ia “vigilância a nu, vigilância integral”). E a conversa girava em torno da inadmissibilidade do recurso àquele método, ou do seu uso abusivo, dado tratar-se de uma invasão da privacidade, apregoando ambas o recurso a formas diferentes de controlo, mesmo tendo em conta que são medidas de combate ao fenómeno terrorista (o último episódio conhecido foi a tentativa de ataque terrorista de dia de Natal no avião entre Amesterdão e Detroit).
Curiosamente, na rádio, tinha ouvido a mesma notícia e que suscita alguma polémica, a própria U.E., como ouvi, já tinha dado opinião no sentido de tornar extensivo a todos os países um só procedimento sobre a matéria.
Mas o que me provocava um sorrisinho (temeroso, direi) era que as senhoras ponderavam sobre o que usar quando tivessem de sair do país de avião. "Aquilo, eles vêem tudo", "é uma pouca-vergonha você já viu?", "nem se pode descurar a depilação" e coisas assim.
Eis, pois, mais uma situação curiosa e polémica, porquanto estes aparelhos possuem um poder enorme, detectam tudo e mais alguma coisa, incluindo implantes artificiais onde quer que seja.
A meu ver, há aqui o sacrifício da privacidade em prol de um bem maior, o da segurança (individual e colectiva) e, como tal, não me repudia a sua implementação.
Esperemos é que não comecem a surgir imagens de “voyeurs” e outras do género pela net fora etc etc, que fique devidamente salvaguardado esse outro bem supremo individual, o da privacidade (será que deveria ter dito isto às senhoras? Mas se dissesse elas poderiam acusar-me de ouvir conversas alheias e dar bitaites sem o terem solicitado...okay, é isso, é só um suponhamos).

2 comentários:

Luísa A. disse...

Flip, parece que já há uns scanners que uniformizam as imagens corporais, assinalando, apenas, as «coberturas» ou objectos estranhos. É que viajar de avião já é uma canseira. Se ainda vai obrigar-nos a fazer dietas e «toilettes»… :-S

Flip disse...

e vai daí, Luísa, deve haver muita menina capaz disso :-)))