segunda-feira, 9 de março de 2009
estátua de D. Catarina de Bragança no Parque das Nações, Lisboa, e Ponte Vasco da Gama - foto flipvinagre
Interessante e curiosa a história desta estátua e de D. Catarina de Bragança - Ela foi Infanta de Portugal (filha de D. João IV) e Rainha de Inglaterra pelo seu casamento com Carlos II. Esta estátua (no Parque das Nações, Lisboa) é uma réplica com 10 metros de altura de uma estátua construída nos EUA pela Associação Friends of Queen Catherine, para celebrar o facto do Bairro de Queens, em Nova Iorque, dever o nome à Rainha D. Catarina.
Foi por ter recebido as terras da antiga New Amsterdam, que Carlos II deu à cidade o nome de New York em honra de seu irmão o Duque de York e ainda os nomes aos dois principais bairros da cidade, Kings e Queens (este último em atenção à nossa Infanta).
Já agora, esta nossa Infanta, que nunca foi rainha de Portugal, mas sim rainha consorte de Inglaterra por ter casado com Carlos II, o que nos custou, aliás, as praças de Tânger e Bombaim (que ela levou como dote) foi a grande introdutora no reino unido do chá e não só, o uso do garfo à mesa, a marmelada, os vinhos do Porto e da Madeira… .
Uma bela estátua que parece fazer companhia à bela Ponte Vasco da Gama.
Porém, nos EUA levantou-se uma polémica entre dois grupos rivais o "Friends of Queen Catherine" e o "Friends Against Queen Catherine". Estes opunham-se à colocação da estátua no Bairro da Rainha com o argumento que ela era portuguesa, de um país que se dedicou durante muito tempo à prática da escravatura.
Parece-me um argumento um pouco hipócrita. Qual foi o país colonialista que não se dedicou à escravatura? O projecto parece ainda andar pelas gavetas...mas acho que os opositores não têm razão suficiente, afinal era uma homenagem à rainha...a não ser que tenham outra idéia, a de D. Catarina ser mulher de Carlos II, rei de um país cujos barcos negreiros despejavam mais escravos nas costas da América do norte do que os portugueses no Brasil, aí, enfim, era capaz de existir maior relação. Uma pena invocar-se um passado distante, já esclarecido e com o qual os presentes são alheios, mas há gente que vive do passado...e com tal gente não se vai para a frente.
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