quarta-feira, 11 de março de 2009
Ela saíu do z3 vermelhão exibindo um cabelo loiro platinado, sapatos e blusão de pele, toda ela exalava euros, parecia saída dos contos do Ali-Babá.
Um vagabundo estendeu-lhe a mão e ela nem olhou. De repente, não se sabe surgidos de onde, três meliantes encostaram-na contra a parede e todos eles mexiam nos seus pertences, os óculos de marca tombavam entretanto para o chão e partiam-se, a bolsa Louis Vuitton era remexida e vandalizada, até dos Prada que calçava ficou despojada, o seu olhar parara no tempo. Os assaltantes entraram no carro e arrancaram a toda a velocidade, ela gesticulava, procurava o telemóvel na mala esfarrapada mas, nada, não aparecia, eles levaram-no também concluíu ela. Ao lado, o vagabundo continuava de mão estendida, os olhos suplicantes, ela abria a boca de espanto e num assomo de fúria desferiu-lhe três violentos tiros com a garganta, seu imbecil, cretino, estúpido, você não vê que acabo de ser assaltada? Com a maior compostura, o mendigo olhou-a bem nos olhos e responde-lhe, minha senhora estou tão chocado quanto a senhora, acredite, se pudesse ajudava-a, mas porque anda com tantos sinais exteriores de riqueza?!!!
(até que ponto é provocatória a atitude dos ricos face aos pobres, remediados e demais gente, desempregados, etc?!)
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4 comentários:
Qualquer exibição excessiva e gratuita, seja no sentido da riqueza, seja no da pobreza, é chocante de mau-gosto, Flip. Sempre o foi, aliás, não é de agora. :-)
cara Luísa
e há muita exposição supérflua e gratuita por aí, é mesmo isso que não aprecio mesmo nada...
Acho que ninguém gosta. Ninguém de bom senso evidentemente. Más há por aí muita menina que vive para exibir marcas... mesmo que as malas sejam de plástico e não valham um caracol. Exibir marcas dá estatuto. Pelo menos é o que elas pensam.
MÉ
pois é esse 'faz-de-conta' que me arrelia, o supérfluo, há gentinha que vive com a cabeça oca...pobres criaturas.
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