sexta-feira, 6 de março de 2009
Ontem na tv um debate, curto, sobre as causas do crescimento da prática de actos criminais.
Um debate com a ausência de qualquer representante do governo e onde estiveram presentes, essencialmente, um juiz desembargador, um advogado, um psicólogo criminalista, um agente da autoridade. O cronómetro marcava o ritmo e as intervenções eram quase telegráficas. Não sei se este tipo de debates ajuda muito mas ao menos marca a agenda de muitos telespectadores e é caixa de ressonância para a banda governamental, talvez seja importante. Falou-se vagamente e por alto de muita coisa sobre o assunto. Em suma, dir-se-à que o aumento da criminalidade tem como causa vários factores, a saber (digo eu): - A crise económica; - A abertura de fronteiras e o caudal de emigrantes que acorreram ao nosso país com as consequências daí resultantes, novos agentes do crime, novos métodos;- Desemprego e falta de perspectivas económicas; - Um volume ainda relevante de armas em circulação, que justifica não só actos ilícitos mas potencia o recurso à ‘justiça’ privada; - Existência de guetos sociais e a consequente crise de valores que lhe está inerente e que é transversal na sociedade portuguesa; - Um número insuficiente de agentes da autoridade e o desajustamento dos meios colocados à sua disposição para combate da criminalidade(engraçado (!!!), neste âmbito, que os polícias que mais se vejam sejam os da brigada de trânsito...); - Legislação desajustada à realidade, mais protectora do prevaricador que da vítima, o que gera um sentimento de desconforto, desmotivação e desacreditação por parte dos cidadãos e das próprias forças de segurança; - Política de segurança ausente da lista de prioridades do governo, o que é manifestamente incompreensível, destituindo-se o Estado como garante da segurança dos cidadãos, do seu património e valores inerentes à pessoa humana.
Face a isto, exigem-se soluções, urgentes, com vista a que Portugal cumpra os requisitos de um estado de direito na sua plenitude e que satisfaça na íntegra os legítimos anseios do povo e do contribuinte, com vista á manutenção de uma sociedade próspera de paz, segurança e tranquilidade sociais. O governo que governe para o bem dos portugueses. Nada mais lhe é pedido!
Hoje lê-se na imprensa (vidé Público) que a oposição pede a demissão do ministro. Bolas, ACORDEM senhores, a sociedade portuguesa EXIGE medidas urgentes, vá lá, deixem-se de sonhos cor-de-rosa, de propaganda barata e demagógica e façam alguma coisa de jeito, marquem a vossa presença com algo positivo.
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2 comentários:
Olha que se calhar ser um país sem assaltos é pré moderno... e nós queremos um país pós moderno de preferência com muitas criancinhas a desaprender com o Magalhães.
MÉ
pois... :-(
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