domingo, 5 de julho de 2009



acordei naquele enorme descampado sem me lembrar como ali fui parar. Estava completamente despido, nada no pelo, sujeito, pois, às leis da natureza. Tu, nada, nem sinal, havíamos combinado encontrar-nos à sombra daquele cipreste e reconhecer-te-ia pela blusa lilás que envergarias mas, tudo indica que não apareceste. Indaguei os meus botões, ao mesmo tempo, se estando eu naqueles propósitos, tu terias aparecido e te recusasses a admitir que eu teria a coragem de te receber naquelas condições. Enfim, admito que não, como já referi, nunca poderei esclarecer como tal aconteceu. Entretanto, algumas peças de roupa penduradas num cipreste mais baixo, atrás daquele onde acordámos juntar-nos, começava a aparecer à minha frente e junto delas um estojo de madeira, requintado, de um vinho de marca, mas garrafa alguma se via no interior. Receei o pior, perdoa-me este mal entendido, sim, sei que também bebes mas, neste caso, devo ter perdido as estribeiras, a sede deve ter tomado conta de mim.
De repente, não sei surgida de onde, vejo a tua irmã gémea a correr em minha direcção, abraçou-me, eufórica. Ela vestia a minha camisa!
Lembro que agendámos novo pic-nic em Agosto. Estás por cá?

2 comentários:

Gi disse...

Se estavas completamente sem roupa como é que indagaste os botões?

Flip disse...

Gi
ó mulheri é uma forma de dizer que tava a pensari pra mim tas a veri?
eu sei que tás a brincar :-)