No Centro Cultural de Cascais encontra-se uma exposição singular: Sexpressions, Pedro Palma vs Clara Pinto Correia.
Uma viagem ao mundo do amor e do sexo com imagens e palavras. São 10 fotografias – de Pedro Palma - e outros tantos textos – escritos por Clara Pinto Correia.
A bióloga é fotografada pelo seu companheiro Pedro Palma e dá a cara pelos orgasmos retratados nas dez fotografias que integram a mostra patente até dia 7 de Fevereiro.
“Ainda hoje, o tema perturba: o sexo é o poder, o sexo é o pau. Um pau a que as mulheres se submetem, na melhor das hipóteses por um amor amplo, etéreo, difuso. É assim que se quer que seja, mas o amor das mulheres é carnal e ardente. O amor das mulheres é o sexo no seu esplendor, tempestade tropical que altera a temperatura do mundo”, escreve Clara Pinto Correia num dos textos da exposição.
Clara e Pedro Palma estão juntos há um ano e meio e dizem ter um do outro a primeira impressão: “Visionária”.
Esta exposição é ainda nas palavras da bióloga “um ensaio apaixonado e apaixonante sobre essa fuga infinita de um rosto através dos caminhos secretos do desejo partilhado: um rosto de mulher que se expõe naquilo que de si mesma desconhece e que nenhum espelho lhe pode oferecer”.
Segundo declarações de Pedro Palma ao Correio da Manhã “Clara quando faz amor abre muito os olhos, essa é a minha preferida”. (ler tb. no DN).
Salvo o devido respeito, mesmo sendo open minded, creio que por aqui se pode concluir que a fronteira entre o que se define como arte ou pretensamente arte e o que é ridículo, parece cada vez mais estreita. Chamar arte a expressões/momentos de intimidade de uma mulher ou de um casal é algo que ultrapassa o bom senso, talvez o ano e meio de relacionamento em que o casal ainda celebra o fogo e o contexto de uma paixão exacerbada e exuberante, os tenha conduzido a este espectáculo, mas chamar arte e publicitar como tal aspectos do seu foro íntimo, vai uma certa distância. I'm sorry fellows, I don't agree!
2 comentários:
Li, há dias, um comentário divertidíssimo sobre o papel do fotógrafo – que se presume, também o provocador do «estado de espírito» da fotografada, uma vez que é o seu marido. Dizia esse comentador que supunha que o «homem dos sete instrumentos» era um «mito rural», mas que via agora que o «homem dos dois instrumentos» não o é. ;-)))
bem apanhada Luísa :-)))
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