quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


"Cor. De Lisboa é caso para dizer que até os daltónicos lhe discutem a cor. Veja lá, de preferência o ocre pombalino, recomenda um byroniano de passagem. O verde, o verde, contrapõe alguém logo a seguir, com os olhos no Terreiro do Paço, «até o cavalo de D. José vai ficando verde, comido de mar», já lá dizia Cecília Meireles. Ou o branco, o branco lembra espumas de oceano, cal de muros, Mediterrâneo, «sente-se uma nostalgia branca...» escreveu Mary McCarthy numa Carta de Portugal, e Alain Tanner, cineasta civilizado, nã esteve com mais aquelas e chamou a isto Cidade Branca."

José Cardoso Pires in Lisboa, Livro de Bordo

2 comentários:

Luísa A. disse...

É interessante essa polémica, Flip. Um arquitecto bastante conhecido (e discutido) da nossa praça dizia que Lisboa é cor-de-rosa. Acho que sim nas suas «avenidas novas» e zonas mais recentes. Mas a Lisboa central é predominantemente amarela. Branca é a luz. :-)

Flip disse...

Luísa
penso ser caso único, ou quase...Lisboa realmente tem uma cor que a distingue...é uma cidade linda, concordo no branco, no seu todo, talvez por ser o reflexo :-)