sexta-feira, 19 de dezembro de 2008



Hoje a Edp fez-me uma partida, pois, foi meia-hora às escuras, deu para sentir a falta que faz a electricidade. E o engraçado é que, estando a ler agora a última obra de Saramago, o elefante Salomão a caminho de Valladolid, senti-me transportado para aqueles tempos lá do antigamente, em pleno século XVI, onde também não havia qualquer pista sobre a dita electricidade. Temo que a edp tenha feito de propósito para que pudesse sentar-me junto dos bravos soldados do rei D. João III em pleno acampamento, noite fora, admirando os céus, tecendo comentários sobre o firmamento, especulando e galhofando, vendo neles sinais e avisos. Foi um instante relativamente feliz, a luz já chegou e necessitamos de percorrer o caminho até Valladolid para entregar o Salomão ao arquiduque da Áustria, o famoso Maximiliano, antes que ele fique abespinhado e a rainha comece a bisbilhar outra oração. Além disso, o cornaca já vai a jeito em cima do paquiderme traçando o rumo do caminho a seguir...

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