segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Mais um ano que finda, 2008 não deixa grandes saudades. O balanço não é nada animador, a imagem que o cidadão comum vai retendo do sistema e do regime não é muito abonatório. A crise não é apenas económica, é também social, cultural e política. As instituições ameaçam ruína, e até soaram alertas.
Há necessidade de alterar este estado de coisas, o governo não governa para o povo, prefere priveligiar o sistema financeiro com os seus favores, a economia gira em torno dos grandes grupos económicos, isso reflete-se no prato da balança em desfavor da classe trabalhadora, sujeitas a contratos de trabalho precário e a salários débeis, o poder de compra das familias é por isso fraco, o desemprego alastra, o desencanto é consequência. Os portugueses estão cansados de escândalos, no sector público e no sector privado, não há confiança nas instituições, os políticos auto-regulam as suas benesses e privilégios enquanto ao cidadão eleitor/contribuinte cabe o pagamento da factura correspondente, as próprias forças militares e paramilitares titubeiam e simulam tomada de posições. Há, pois, um divórcio absoluto entre o país real e o país político, a Presidência da República vê-se de mãos atadas mercê do seu reduzido poder de intervenção, é a falência do sistema de Saúde, o Ensino bateu no fundo, a Justiça é lenta e tarda como sempre e o poder de autoridade continua ameaçado. 2009 não augura grandes melhorias, oxalá me engane, oxalá a minha miopia desapareça, torço para que isso aconteça, para bem de todos, talvez “jogue” a favor do cidadão/contribuinte o facto de 2009 ser ano de eleições, oxalá!
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