quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Ela sentou-se, era sensual, nada de barriga à mostra, jeans pelo baixo ventre, nada disso, via-se-lhe um porte de elegância e um charme requintados, um jeito já hoje não muito comum de ver nas mulheres. Só nas garotinhas, bah! Felizmente, sentou-se na mesa mesmo em frente em que eu devorava um bábá e sorvia uma bica, ambos deliciosos. Ela sorriu, a sua vontade era igual à minha, vi-lhe isso no rosto, ela salivava enquanto o verde dos olhos se revelavam de esmeralda pura. Era notório que tinhamos algo em comum. O garçon abeirou-se dela e uns minutos depois trouxe-lhe uma bica e uma madalena. Deu um gole no café e apanhou o bolo olhando para mim sorrindo, foi só vontade, afinal. Tirou um livro da mochila e abriu-o, mas antes de depositar nele as esmeraldas que brilhavam no seu rosto, virou-o para mim e mostrou-me o título “Como não ceder às tentações”.
Eu sorri. Era uma quinta-feira de Dezembro, mês do Natal, das rabanadas, das filhós e dos sonhos .
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