segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


Narciso, um jovem grego, um dia observou uma imagem nas águas dum lago e apaixonou-se. Pouco depois, descobriu que aquela mesma imagem não era senão o seu próprio reflexo. Logo concluíu que o seu amor não se consumaria. Desesperado, afogou-se.
Grande parte das pessoas tem um problema similar. Está profundamente apaixonada por si própria. Possui um amor que não se concretiza e, por isso, cai em insatisfação. Este efeito narciso joga na percepção do que os outros pensam, nos seus valores mais íntimos, nos gostos, nos humores...
Esta capacidade de entender os outros, imitando-os mesmo em muitas situações, traduz-se num poder enorme. A pessoa que é capaz de ver as coisas com os olhos e os sentires do outro, acaba por criar laços de afectividade que lhe permite exercer um poder que não se alcança apenas com recurso à razão. O efeito narciso faz maravilhas, quer na vida pessoal, quer no desempenho profissional.

Adaptado de As 48 Leis do Poder, Greene, Robert e Elffers, Joost, Temas e Debates, Lisboa (2001)

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