quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
“Os homens. É preciso amar os homens. Os homens são admiráveis. Sinto vontade de vomitar - e de repente aqui está ela: a Náusea. Então é isso a Náusea: essa evidência ofuscante? Existo - o mundo existe -, e sei que o mundo existe. Isso é tudo. Mas tanto faz para mim. É estranho que tudo me seja tão indiferente: isso assusta-me .Gostaria tanto de me abandonar, de deixar de ter consciência de minha existência, de dormir. Mas não posso, sufoco: a existência penetra em mim por todos os lados, pelos olhos, pelo nariz, pela boca… e subitamente, de repente, o véu rasga-se: compreendi, vi.
A Náusea não me abandonou, e não creio que me abandone tão cedo; mas já não estou submetido a ela, já não se trata de uma doença, nem de um acesso passageiro: a Náusea sou eu.”
(Jean Paul Sartre)
tanta coisa que me dá náuseas, os malabaristas que se passeiam pelas sombras do poder catando migalhas para sobreviver, os prepotentes sem razão válida e legítima e que são bastas vezes incompetentes conscientes, os pequenos seres com tendências oportunistas e que com o tempo se tornam em miseráveis arrivistas, os perversos de espírito que se vangloriam de burlar a miséria e a decadência em que estão mergulhados, os parvos pretensiosos que se revêem diariamente no seu espelho narcisista, os arrojados detentores das falsas aparências, eu sei lá...acho que tenho que colocar aqui um divã...great idea!
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