quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
PERTO
O senhor coelho e o senhor pato vivem perto um do outro. Cruzam-se a caminho do trabalho e no regresso a casa. Cruzam-se quando vão à praça, quando viajam e quando vão ao parque. Não se conhecem, nem se cumprimentam. “É realmente uma pena… poderiam ser grandes amigos.”
“Perto” é uma fábula sobre a falta de comunicação, uma reflexão poética e profunda sobre as relações interpessoais e o individualismo, os desejos e as emoções.
A história centra-se na narrativa de algo que não aconteceu, uma vez que descreve as acções de duas personagens que, vivendo próximo e cruzando repetidamente, não são amigos porque nunca tomaram a iniciativa de se saudarem. Assim, trata-se de narrar a história de uma amizade que não aconteceu, alertando implicitamente para o facto de que a solidão não é irremediável e que, aos indivíduos, são dadas muitas oportunidades de encontrarem o afecto. Para isso, basta que simplesmente se aproximem daqueles que lhe são próximos e com os quais, afinal, partilham afinidades e rotinas
Este livro recebeu o I PRÉMIO INTERNACIONAL COMPOSTELA PARA ÁLBUNS ILUSTRADOS 2008.
Esta história faz-me lembrar as pessoas que vamos vendo repetidamente no nosso quotidiano e com as quais raramente trocamos algum dedo de conversa, e moram tão perto de nós, afinal! E é por isso que no caminho para e do emprego, vemos, há anos, Um carro Uma pessoa. Egoísmo? Medo? Complicada esta vida.
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4 comentários:
É complicado, Flip. As pessoas têm uma capacidade máxima de amar ou sentir amizade, para além da qual as emoções se diluem. Não é possível – salvo na sociedade VIP das revistas cor-de-rosa – ter duzentos «melhores amigos íntimos». Ainda assim, a vida seria bem mais agradável se não tivéssemos de desviar os olhos dos que passam por nós e pudéssemos sorrir-lhes sem criar dúvidas sobre intenções. Mas a vida deu-nos estas cabecinhas «porcas»… ;-D
yep Luísa
é como digo em jeito de conclusão, complicada esta vida, mas acredito que podemos ir um pouco mais além, aquie ali temos boas surpresas, sendo cautelosos, claro...
:-)
Não é preciso desenvolver centenas ou milhares de amizades - nem seria possível, naturalmente; mas não custa nada, como diz a Luísa, não desviar os olhos e cumprimentar. Com um sorriso...
Bom dia e bom fim-de-semana, Flip :-)
Fugi
concordo inteiramente, um gesto de cordialidade e urbanidade :-)
bfs, bom descanso :-)
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