sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sinais (bons) do tempo que passa (no "DN"):
"Primeiro mestrado de Direito pós--processo de Bolonha, e o primeiro da área a ser apresentado em inglês numa universidade portuguesa, foi ontem defendido com sucesso na Universidade Católica de Lisboa, com uma nota final de 17 valores.
A aluna, que acaba de aceitar um convite para consultora em assuntos jurídicos internacionais do Presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, encaixa perfeitamente no perfil do estudante universitário do século XXI, para o qual deixaram de fazer sentido as fronteiras, tanto no acesso às aprendizagens como na procura de emprego.
"Nasci em São Paulo, mas fui estudar para Inglaterra logo aos 11 anos, num internato", conta a húngara-brasileira Ana Eliza Szmrecsanyi, de 27 anos. "Acabei por tirar lá o curso [na Universidade de Kent], com um ano de Erasmus em Madrid [na Universidade Complutense]."
Ana estava a trabalhar em Portugal, para o Banco Itaú Europa, quando surgiu a oportunidade de ser uma das pioneiras do mestrado internacional de Direito da Católica (LLM). Acabou por ser a primeira a concluí--lo - "uma sensação muito especial" - com uma tese sobre um tema que não poderia estar mais em voga: as falências internacionais.
Sobre a revolução no ensino superior que tornou possível este feito - o Processo de Bolonha - diz que "não poderia ter sido mais importante, não só para mim como para todos os que gostam de apren- der diferentes línguas e contactar com diferentes culturas e aprendizagens".
No seu caso, a aventura promete continuar: no final do mês parte para Timor-Leste, onde será conselheira jurídica de Ramos-Horta: "Tinha concorrido a uma vaga na ONU, mas o meu currículo chegou à Presidência de Timor. Gostaram e recebi este convite. Vai ser um desafio muito giro", diz, nada assustada com a perspectiva de recomeçar a vida no outro lado do planeta."
Que pena no meu tempo este "processo" ainda estar na gaveta...

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