quinta-feira, 16 de abril de 2009


A porta rangia ao abrir-se lentamente e um raio de luz penetrava na sala. Ela estava em contraluz, não via absolutamente nada. Ninguém aparecia à vista, nem uma sombra! Ela saltou do sofá e olhava incrédula para a porta. Um segundo olhar atento, porém, despertou-lhe a atenção para o fundo da entrada, uma figurinha projectava a sua sombra até ao tapete persa que ornamentava o meio da sala. Era uma pequena tartaruga, ela apanhou-a e viu-lhe uma guita atada a uma pata no fim da qual um cartão de visita se arrastava ao compasso da sua marcha. Curiosa (como as mulheres são curiosas meu deus), desatou a guita colocando de novo a tartaruga no chão. Afastou-se um pouco e quis ler o teor do cartão, dizia “hoje jantamos fora, diz à Lolita para pôr a mesa no jardim”. Ela sorriu, o marido continuava parvo de todo.

6 comentários:

Luísa A. disse...

O marido parece realmente um bocadinho parvo, Flip, mas de uma parvoíce muito original, o que talvez seja uma qualidade. ;-D

Gi disse...

E ele deve ter atado a guita na perna da tartaruga (não seria cágado) no inverno, enquanto ela hibernava, sabia que ela hibernava. Sabia que chegaria a tempo de se poder jantar fora no jardim naquele dia.

Flip disse...

Luísa
é nesse pormenorzinho que ele vai ganhando alguns pontinhos....será?!!!
:-))

Flip disse...

Gi
era uma tartaruga turbo...
:-))

Maria Eduarda disse...

Era a Jacinta. Eu conheço-a!

Flip disse...


A Jacinta? Apresenta-ma sff ;-))