domingo, 26 de abril de 2009


Um homem junta folhas num
monte no seu quintal, uma pilha
E apoia-se no ancinho e
queima-as todas.
A fragrância enche a floresta
as crianças param e sentem o
aroma, que se tornará
nostalgia em alguns anos

Jim Morrison
(tradução de Ana Paula Sousa e António Costa)

3 comentários:

Maria Eduarda disse...

Há coisas que não podem ser apenas coincidências...

Luísa A. disse...

A nostalgia da infância é sobretudo feita da memória de sensações, Flip. Quanto à realidade propriamente dita, dizem os entendidos que só cria nostalgia a que já está praticamente esquecida, ou a que nunca chegou a acontecer (e que inventamos, portanto). ;-D

Flip disse...

Luísa
um campo interessante o da memória, dos cheiros, das sensações, com flashes aqui e ali até da dita memória panorâmica e recorda-se o que escreveu Proust (à la recherche du temps perdu, como é o caso do episódio da chávena de chá em que Proust nos quer transmitir que a realidade autêntica vive no nosso inconsciente e só uma viagem involuntária pela memória nos leva ao contacto com ela) não é?
:-)