quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


Benjamin é um humano que parece programado a viver ao contrário. Nasce velho e esclerosado, um bébé feioso. A mãe morre no parto e o pai, ao vê-lo, abandona-o na escada onde uma jovem mulher negra namora e que, por solidariedade e humanidade, acaba por ser sua mãe adoptiva. Benjamin cresce e rejuvenesce e, como caminha ao contrário dos outros, acaba como recém-nascido.

Mas, “O Estranho Caso de Benjamin Button” tem subjacente uma óbvia história de amor desenhada entre as personagens de Benjamin e de Daisy (sensivelmente da mesma idade) e que acontece num certo momento, quando se cruzam as idades dos protagonistas, mas que não vai durar para sempre (é que se um amor dura sem drama não há nada a contar e não há filme. O argumentista é Eric Roth, o mesmo de “Forrest Gump” e de “Munique”).
O filme convoca sentimentos ásperos, como a renúncia ou a dedicação sem retorno esperado.
Um filme magnífico também no aspecto da técnica, os efeitos digitais são geniais, uma enorme competência dos directores de arte que nos fazem viajar ao longo de quase um século como se a atmosfera envolvente, as casas, os fatos, os penteados, os adereços, as guerras, estivessem lá e fosse só filmá-los.
Realização de David Fincher
Com: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton.
A não perder!

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

Isso é que tem sido um ver se te avias de cinema... eu adorei o filme como sabes.