sábado, 7 de fevereiro de 2009


Hoje, no "DN” o velho tema de discussão entre as teorias criacionista e evolucionista que aqui trago em vários excertos:
Sob o título “BÍBLIA CONTRA DARWIN: NUNCA FOMOS MACACOS”
“os criacionistas refutam a ideia de que o 'Homo sapiens' descende de outros primatas e esses de outros animais e esses por sua vez de formas de vida mais incipientes, até ao início da vida algures há muitos mil milhões de anos.
Os criacionistas crêem que somos todos descendentes de um casal primordial - Adão e Eva, os próprios, ele feito de barro, ela de uma costela dele - cuja criação divina ocorreu há cerca de seis mil anos, e que como esse casal, criado já adulto como se narra no livro do Génesis, foram criadas todas as outras espécies, incluindo as extintas (como os dinossáurios, cuja extinção é geralmente localizada há 65 milhões de anos).
Jónatas Machado, 45 anos, constitucionalista, professor na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e apontado por todos os evangélicos contactados como "o grande criacionista português", não tem dúvidas. "Quem é irracional é quem postula uma criação irracional e por acaso. Aliás, há fortes evidências científicas no sentido de uma criação ordenada. Por exemplo, a existência de leis naturais corrobora a existência de uma criação ordenada - a lei da gravidade, da biogénese, do movimentos dos planetas, são compatíveis com a ideia de uma criação inteligente. Uma outra evidência importante de criação inteligente é a quantidade inabarcável de informação que existe no genoma. Ora quando encontramos num qualquer sistema de informação codificada isso significa, alto lá, há aqui origem inteligente. E no DNA encontramos informação codificada em qualidade e densidade e quantidade que e excede a capacidade tecnológica humana, toda a capacidade da comunidade científica."
O ateu Richard Dawkins diz que o universo nasceu por acaso do nada, mas isso não é ciência, é metafísica. E mostra que o que está aqui em causa não é uma oposição entre ciência e fé, mas entre duas visões do mundo metafísicas, em função das quais toda a realidade é lida." Assim tão simples. E seja qual for a objecção encontrada, da idade das estrelas (orçada em muitos milhões de anos, quando para o criacionismo só podem ter seis mil) aos fósseis, passando pela inevitabilidade do incesto em série que estaria na base da humanidade criada a partir de um único casal, Jónatas Machado tem uma resposta. "Os criacionistas e os evolucionistas têm a mesma evidência: as mesmas rochas, os mesmos ossos, os mesmos artefactos. O que é diferente é a forma de os ver. Por exemplo, onde os evolucionistas vêem, nos genes, evidência de um ancestral comum, os criacionistas olham para os mesmos genes e vêem a evidência de um criador comum." Para resumir: "Newton dizia que ciência é uma engenharia do avesso, tentar perceber a criação de Deus da frente para trás. Pensar os pensamentos de Deus depois de Deus."

Um tema apaixonante e ao qual me rendo perante evidências que vão surgindo gradual e paulatinamente mas que me levam a pensar que o Criador, entre vários propósitos, pode muito bem perseguir o aperfeiçoamento do género e uma constante “educação” e “aperfeiçoamento” do nosso ego, da alma humana (talvez aqui um pouco da influência dos ensinamentos budistas). Há que tirar as devidas ilações quer de uma quer de outra parte, ambas são benvindas. A minha fé diz-me que não sou obra do acaso, não quero ser obra do acaso, e não quero soçobrar como um mero acaso, o propósito para a existência de cada um só a deveremos encontrar no fim, até lá, brinquemos aos raciocínios e espantemo-nos com os caminhos que vamos atravessando rumo a esse fim, o qual não sabemos quando chega, todo um panorama digno de uma verdadeira obra prima que recuso não ter a mão de ALGUÉM.
A borboleta para se tornar numa criatura bela passa por várias metamorfoses.

5 comentários:

mfc disse...

Ora bem... então os Criacionistas defendem o Incesto!
Caso contrário a descendência ficava por ali!

Maria Eduarda disse...

Pois eu sei que não sou flha do acaso. Sou um dos resultados do amor de um homem e de uma mulher. Que nem estavam a pensar em mim quando me fizeram... às tantas sou mesmo filha de um acaso e ñem dei por isso... eu hoje estou mesmo chatinha não é?
Mas agora a sério. Essa estória do Adão e Eva não é História. É assim uma espécie de Pai Natal... só que muito mal contada!

Flip disse...


não achas que temos que acreditar em alguma coisa? Uma bóia para não nos afundarmos...
:-)

Maria Eduarda disse...

Claro que temos Flip. Eu acredito em tanta coisa... nos livros por exemplo. Na humanidade apesar de tudo...

Flip disse...


e fazes muito bem...há que acreditar em algo, um farol que nos oriente nesta caminhada
:-)