quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


Uma voz que canta convoca a terra perdida.

Quase em surdina, evoca os secretos lugares

da infância;

o sítio onde pousavam os pássaros

o quintal cheio de estórias

e - lembras-te? - a tarde em chamas.

A voz murmura:

O exílio é onde nada se recorda de ti

Nada te diz:

sou teu/és meu


José Eduardo Agualusa

2 comentários:

Paula Crespo disse...

O exílio é onde nada se recorda de ti / Nada te diz: sou teu/és meu
Excelente! Por isto é que há pessoas especiais, que conseguem dizer as coisas que o comum dos mortais só pressente, ao de leve... E Agualusa é uma delas.

Flip disse...

totalmente de acordo Paula
;-)