sábado, 28 de fevereiro de 2009


Nada como um exercício destes para expurgar conceitos que nos vão causando mazelas:
"Todos os ofícios são risíveis e caricaturáveis.(...)Os portugueses gostam mesmo pouco de juristas. Na verdade, os portugueses abominam juristas(...)Porquê tamanha desconfiança é um facto que me intriga.
(...) Há a ideia mística de que, de todas as áreas, os juristas são os únicos obrigados profissionalmente a exercer a moralidade em permanência. Um bombeiro tem de saber apagar fogos; um piloto, como conduzir um avião. Só os juristas precisam de ser mais do que apenas competentes. Só os juristas precisam duma virtude inefável a que chamamos justiça. (...) Sempre que se fala na crise da justiça, pensa-se na crise da administração da justiça. Mas há a crise dos juristas, da prática jurídica e do imenso formalismo que reina nos nossos tribunais. Enquanto for assim, continuaremos a fazer tristes figuras. |(artigo no DN de Pedro Lomba - para ler mais clicke aqui)
Este conceito público realmente é ingrato, paga o justo pelo pecador, percebo...mas conforta-me a idéia de continuar a ser solução para dirimir conflitos, e isso dá-me gozo e alimenta-me, é o que basta!

2 comentários:

Maria Eduarda disse...

Não sei porquê mas parece-me haver por aqui uma certa confusão entre jurista e juíz... é que o português nem se se lembra de que os juristas existem.

Flip disse...


há muito boa gente que não sabe, efectivamente...
:-)