quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


Nestes dias de chuva, cinzentos, frios, o calor do lar parece ter outro sabor, são dias propícios para saborear aquele livro cuja leitura vamos adiando, o cd que tinhamos de lado para ouvir num dia como este, e então, ao ver as notícias da neve por essa europa fora o lar ganha ainda mais aconchego. E é então que uma vizinha bate à porta e tudo parece acabar, o carro dela não pega, está atrasada, parece aflita, não percebe nada de mecânica e chove copiosamente... confesso que eu pouco ou nada percebo de mecânica, digo-lhe, mas ela finge não ouvir, tenho umas “luzes” mas nada de científico e rio-me, ela nada, continua a apelar para a presunção de que serei um sabe-tudo, e sou empurrado, paulatinamente, para a resolução de algo que desconheço. Aberto o capô, peço-lhe para dar à ignição, nada, o motor nem sinal de arranque.
Levo-a à estação, no regresso comprometi-me a ter o carro pronto, chamo o mecânico, vá descansada.
Porém, isto há dias de sorte, aparece o meu amigo Z, ele sim, percebe da coisa, é um vaidoso. Cheio de boa vontade, lá consigo convencê-lo a colaborar. Depois de fazer não sei o quê, o carro pegou logo à primeira.
Consegui ler alguma coisa, sim, e o cd é muito bom.
Quando chegou, a minha vizinha ficou radiante, deu-me um beijo enorme e até fez um adeus ao Z que estava na janela.
Há dias assim, a chuva tem destas coisas.

2 comentários:

Maria Eduarda disse...

O Z teve o trabalho e tu o prémio... fica aqui uma dica: quando o carro não pegar, abre o capot e usa qualquer coisa tipo WD 40... a maior parte das vezes é o suficiente para o motor arrancar.

Flip disse...

WD40..a ver se me esqueço...e a minha vizinha?
:-))