quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
O INÚTIL
(Chuang Tzu)
Disse Hui Tzu a Chuang Tzu:
“Todo o seu ensinamento está baseado no que não tem utilidade”.
Replicou-lhe Chuang:
“Se você não aprecia o que não tem utilidade, não pode começar a falar sobre o que é útil. Por exemplo, a terra é larga e vasta,
mas de toda a sua extensão, o homem utiliza apenas algumas polegadas, sobre as quais se mantém de pé.
Suponhamos, agora, que você tire tudo o que ele realmente não usa
de modo que, ao redor de seus pés, um golfo se abra e ele fica de pé no vazio, sem nada de sólido, com excepção do que se encontra bem debaixo de cada pé. Por quanto tempo poderá utilizar o que está usando?”
Disse Hui Tzu: “Cessaria de servir a qualquer finalidade”.
Concluiu Chuang Tzu:
“Isto prova a absoluta necessidade do que “não tem necessidade”.
CHUANG TZU, considerado o maior escritor taoista de cuja existência se tem notícia, escreveu sua obra no final do período clássico da filosofia chinesa, de 550 a 250 aC.
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6 comentários:
necessidade do desnecessário Caro Flip? isto extrapolando dá pano para mangas compridas.. ;)
Excelente Wee-End!
once
:-) temos que vive com o que é desnecessário....Mas agora é encessário que tenha um belo fim-de-semana e um bj à princesinha :-))
Aquilo que nos é realmente, ou primariamente, necessário parece reduzir-nos a uma dimensão pouco mais do que animal, Flip. E é o interesse no desnecessário – como o «belo» - que realça as particularidades da nossa dimensão «humana». Será? :-)
Luísa
bela abordagem,concordo, até que o desnecessário se torne necessário ou necessariamente desnecessario, depende...
;-)
Mais taoísmo? Nãoooooooooooo.
MÉ
só mais este, vá lá...
;-)))
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