terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Permanecia deitado e vagueava pela cidade no meio de uma pequena multidão. Vi o combóio, o Metro, entra e sai, sobe e desce, o arrumador a fazer-me sinal, e a multidão apressada ultrapassava-me sem ruído algum, só o vento parecia deslocar-se com eles. Os meus passos entretanto aceleravam, caminhava em direcção a não sei o quê e comigo outros tantos, todos parecíamos sonâmbulos.
Por vezes é difícil apercebermo-nos do que se passa à nossa volta, convertemo-nos em perfeitas máquinas de pensar por conta alheia e vivemos um tempo preenchido em elocubrações quase instantâneas, estamos automatizados, paramos de pensar em nós mesmos, e uns bons anos depois de uma rotina quase sagrada e monocórdica, ao pararmos para ver as sombras, acordamos com a sensação de termos congelado, divagámos num rumo imposto.
E é então que acordamos e começamos a viver a vida com outro sabor, dir-se-ia até que ressuscitamos.
Isto faz parte da vida?
Mas vida em que sentido?
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6 comentários:
intemporal este verbete Caro Flip .. parabéns.
Em que sentido pergunta e bem .. ocorre-me responder-lhe com uma pérola paterna: "para frente é que é caminho"
:)
Gostei.
cara Once
caminhemos pois ;-)
A vida, às vezes, devia ser ao contrário, Flip. Porque se despertamos muito tardiamente, pode ser para uma realidade de que preferíssemos alienar-nos. :-S
Luísa
quando é tarde todo o tempo é pouco...Para aqueles que fazem anos a fio casa trabalho e trabalho casa a vida é muito pouca mesmo, lembrei-me dessas "vidas"...chatas!
:-)
Mas no dia em que temos tempo para olhar para o espelho, embora mantenhamos a rotina trabalho casa trabalho que temos que ganhar o pão para boca, começamos a viver.
MÉ
a vida ganha outro sabor, os nossos olhos até mudam a paisagem :-)
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