quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
"Quando te disse
que era da terra selvagem
do vento azul
e das praias morenas...
do arco-iris das mil cores
do sol com fruta madura
e das madrugadas serenas....
das cubatas e musseques
das palmeiras com dendém
das picadas com poeira
da mandioca e fuba também...
das mangas e fruta pinha
do vermelho do café
dos maboques e tamarindos
dos cocos, do ai u'é...
das praças no chão estendidas
com missangas de mil cores
os panos do Congo e os kimonos
os aromas, os odores...
dos chinelos no chão quente
do andar descontraido
da cerveja ao fim de tarde
com o sol adormecido...
dos merenges e do batuque
dos muquixes e dos mupungos
ds imbondeiros e das gajajas
da macanha e dos maiungos.
da cana doce e do mamão
da papaia e do cajú....
tu sorriste e sussurraste
"Sou da mesma terra que tu!"
Ana Paula Lavado
in " Um beijo sem nome" do livro "Vozes ao Vento"
Eis um hino à terra onde nasci...
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4 comentários:
Mais do que um hino (porque será que nunca gostei desta palavra?) é um rerato fiel.
Não conhecia esta poetisa. Mas fiquei interessada.
MÉ
um hino não é?
Ainda bem que gostáste.
:-)
Não é um hino! É um retrato! Não gosto da palavra hino. lembra-me cores cinzentas de outras eras que se estão repetindo!
MÉ
quando digo "hino" quero dizer "louvor"...a nossa terra é linda hein?
:-)
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